12 de mar. de 2011

Formação

O SEMINARISTA E O ESTÁGIO PASTORAL:
CAMINHAR COM O POVO E SEMEAR A ESPERANÇA
           
“Ponho a minha confiança no Senhor, / da esperança sou chamado a ser sinal...”
(Hino Vocacional)

Sabemos que a formação do futuro presbítero leva em conta diversas dimensões indispensáveis ao seu amadurecimento. Dentre essas dimensões está aquela que trata da formação pastoral, que comporta um aspecto teórico (cujo ápice se dá nos estudos teológicos) e um aspecto vivencial (que precede e acompanha tais estudos, proporcionando uma iniciação à reflexão pastoral). Nesse sentido, todo seminarista desenvolve aquilo que denominamos estágio pastoral, que objetiva, sobremaneira, a partir da vivência das experiências pastorais junto do(s) padre(s), agentes de pastorais e fiéis em geral das comunidades, desenvolver no candidato ao sacerdócio a assimilação pessoal das atitudes do Cristo Bom Pastor e o seguimento de sua missão, nutrindo os mesmos sentimentos dEle. Assim, o futuro presbítero tem o dever de abraçar, com desprendimento, disponibilidade e solicitude, o serviço pastoral ou a comunidade a que é enviado, tal como diz a canção: “Eis-me aqui, Senhor, pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor!”
            Com efeito, o estágio pastoral proporciona ao seminarista uma comunhão com a vida do povo, com a comunidade cristã e com o presbitério, tornando-o capacitado para uma visão de conjunto da ação evangelizadora da Igreja. Isso possibilitará ao jovem candidato ao sacerdócio ser germe de transformação da sociedade, promovendo a solidariedade e a justiça como expressão do seu testemunho cristão.
            Certamente o candidato ao sacerdócio também tomará contato com as famílias, as pessoas portadoras dos mais variados pensamentos e os setores influentes da sociedade, além das diversas expressões espirituais do interior da Igreja e as outras confissões religiosas. Em decorrência disso, um ponto fundamental a ser considerado é o amadurecimento da dimensão humano-afetiva do seminarista, da capacidade de comunicação e da administração do convívio com a diversidade.
            Motivado por um criativo e espontâneo espírito missionário e pela consciência das prioridades da evangelização, o seminarista não deve realizar uma série de tarefas desconexas e justapostas a outros aspectos de formação, mas desenvolver organicamente sua experiência pastoral, engajando-se na vida das comunidades, conhecendo sua história, suas alegrias, suas realizações, suas necessidades, seus projetos e seus anseios. Dessa forma, poderá o jovem, ainda, compartilhar das condições de sofrimento dos doentes, dos pobres e marginalizados, dos idosos, das crianças, dos jovens, dos que desconhecem ou se afastaram do convívio eclesial, e conhecer as realidades emergentes no contexto em que a comunidade se encontra inserida, contribuindo, assim, com as pastorais, os movimentos, as associações e/ou os organismos que visam corresponder aos urgentes desafios que pululam no campo e na cidade. De fato, o seminarista deve desempenhar, junto aos leigos, um espírito mais de aprendiz que de mestre, mais de ouvinte que de orador, num exercício verdadeiro de respeito aos costumes locais e à vida do povo e de docilidade à voz do Espírito Santo que fala pelos lábios de sua gente. Mais uma vez, então, nos reportamos àquele canto vocacional: “Ele pôs em minha boca uma canção,/ me ungiu como profeta e trovador / da história e da vida do meu povo...”
            Enfim, todo trabalho pastoral do seminarista, devidamente planejado para não comprometer seus estudos, é acompanhado e avaliado pela Equipe de Formadores e párocos e deve proporcionar a ele condições de reflexão crítica e discernimento para compreender as dificuldades humanas e reconhecer os sinais divinos.
            Por sua vez, as comunidades, com seus agentes e o povo em geral, participam fundamentalmente do processo de formação dos futuros presbíteros ao estimulá-los com seu testemunho, sua oração e sua acolhida e ao avaliá-los em seu desempenho pastoral, considerando a perene necessidade de santos, coerentes e dedicados pastores para a Igreja de Cristo, que é rica em sua diversidade ministerial.
            Aliás, você sabia que muitos dos seminaristas de nossa Diocese estão engajados em diversas Pastorais Diocesanas?  E em quais Paróquias eles desenvolvem seu estágio pastoral? Vejamos:

Seminarista André Luiz Rossi: Paróquia Sagrado Coração de Jesus – Jaguariúna;
Seminarista Bruno Pereira Gandolphi: Paróquia Santo Antônio – Itapira;
Seminarista Bruno Roberto Rossi: Paróquia São João Batista – Amparo;
Seminarista Carlos Roberto de Oliveira: Paróquia N. S. Aparecida – Pedreira;
Seminarista Everton A. Moreira de Souza: Paróquia N. S. das Brotas – Lindóia;
Seminarista Everton Henrique Nucchi: Paróquia Santa Cruz – Mogi Mirim;
Seminarista Gustavo Miranda da Silva: Paróquia Divino Espírito Santo – Holambra;
Seminarista Leonardo Caetano de Almeida: Paróquia São José – Mogi Mirim;
Seminarista Lucas Lastória da Conceição: Paróquia Santo Antônio – Santo Antônio de Posse;
Seminarista Marcos Escoton de Lima: Paróquia N. S. das Graças – Águas de Lindóia;
Seminarista Matheus Petrolli G. da Rocha: Paróquia N. S. Aparecida – Pedreira;
Seminarista Murilo Daniel Botelho Gomes: Paróquia Santo Antônio de Pádua – Pedreira;
Seminarista Rafael Aparecido Nicoletti Camargo: Paróquia São Benedito – Itapira;
Seminarista Rafael Spagiari Giron: Paróquia N. S. do Amparo – Amparo;
Seminarista Rodolfo Inácio Pasini: Paróquia N. S. da Penha – Itapira.


* Artigo inspirado nas Diretrizes Básicas da Formação dos Presbíteros da Igreja no Brasil, CNBB, 1994.


Sem. Leonardo Caetano de Almeida
3º Ano de Filosofia /
Assessor da Pastoral Diocesana da Educação/
Estágio pastoral na Paróquia São José, de Mogi Mirim

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