30 de abr. de 2011

Homenagem a João Paulo II

Site em homenagem à beatificação de João Paulo II

Uma iniciativa da Santa Sé
ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - Por ocasião da beatificação de João Paulo II, o Vaticano faz uma homenagem realizando uma página web (www.joaopauloii.va) que acompanhará a jornada de 1º de maio percorrendo a vida do Papa através de alguns momentos mais significativos da sua história e do seu pontificado.
              O site foi realizado privilegiando a força e a espontaneidade das imagens. No site estão presentes 500 fotos, 30 vídeos e 400 frases em seis idiomas, num total de 2.400 frases.
Em recordações do pontificado, as imagens estão divididas em temas (por exemplo crianças, jovens, eleição, atentado, jubileu etc.). Cada tema é apresentado na forma de um ‘livro’ de imagens a ser folheado, e cada imagem é acompanhada por uma frase de João Paulo II.
               A seção dedicada ao pontificado ano por ano é composta exclusivamente por vídeos. Também, uma das seções do site é dedicada exclusivamente às orações do Papa Wojtyla.
Todo o evento da beatificação poderá ser acompanhado ao vivo graças ao streaming colocado à disposição no próprio site.
               O site foi projetado para todos os tipos de tecnologia: PC, Laptop, dispositivos móveis, smarphone, iPhone, iPad etc. Os fiéis e peregrinos poderão ter acesso à página em qualquer lugar que se encontrem e com qualquer um dos dispositivos, para acompanhar a peregrinação, durante todas as jornadas da beatificação, seguindo os eventos através das imagens e das palavras do Beato João Paulo II e portanto rezando com ele.
                Além do Serviço Internet do Vaticano e da Direção das Telecomunicações, este projeto contou com a participação de outras Instituições do Vaticano: o Serviço Fotográfico do L’Osservatore Romano, que colocou à disposição o arquivo fotográfico (para o Papa João Paulo II existem milhões de fotos), a Rádio Vaticano e o Centro Televisivo Vaticano para os vídeos presentes, a Libreria Editrice Vaticana pelo livro Tríptico Romano que forma uma seção do site, a Sala de Imprensa e o Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, a Opera Romana Pellegrinaggi e a Congregação para a Evangelização dos Povos.

Fonte Zenit.

Notícia

Aberto túmulo de João Paulo II

Corpo do papa polonês será trasladado à Basílica vaticana no domingo

Por Chiara Santomiero
ROMA, sexta-feira, 29 de abril de 2011 (ZENIT.org) - No início da manhã desta sexta-feira, diante de 12 pessoas, na cripta vaticana, o túmulo de João Paulo II foi aberto e retirado o caixão que abriga seu corpo.
          A terceira, das três caixas que protegem o corpo do pontífice, surgiu aos olhos dos presentes. É de madeira clara. Ficou na memória de muitos através das imagens do funeral, com o Evangelho apoiado em cima, com as páginas ao vento.
            O padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, explicou hoje, em uma concorrida coletiva de imprensa no Vaticano, que no caixão há uma inscrição em latim afirmando que se trata do corpo de João Paulo II, de 84 anos, 10 meses e 15 dias, cabeça da Igreja universal durante 26 anos, 5 meses e 17 dias; e a data: ‘Anno Domini 2005’.
           Na abertura do túmulo, entre outros representantes eclesiais, estavam o cardeal Angelo Comastri, e os monsenhores Giuseppe D’Andrea e Vittorio Lanzani, pela Basílica e o Capítulo de São Pedro. Junto a eles, os cardeais Tarcisio Bertone – secretário de Estado –, Giovanni Lajolo – presidente do Governo do Estado da Cidade do Vaticano –, Stanislao Dziwisz – arcebispo de Cracóvia e ex-secretário pessoal de João Paulo II –.
           O cardeal Comastri entoou o canto das ladainhas da Virgem, enquanto durante um breve percurso o caixão, coberto com um lençol branco, foi acompanhado pelos presentes até o túmulo de São Pedro, ainda na cripta vaticana.
           O caixão permanecerá na cripta até a manhã de domingo, quando será levado à Basílica de São Pedro, ante o altar central. Ali Bento XVI e, em seguida, os fiéis poderão prestar homenagem ao falecido pontífice.
           O cardeal Bertone recitou na manhã de hoje uma breve oração que concluiu a operação de abertura do túmulo de João Paulo II. A grande lápide sepulcral que fechava até agora o túmulo será enviada à Cracóvia, para uma igreja dedicada ao beato.
A colocação definitiva do corpo de João Paulo II sob o altar da capela de São Sebastião, dentro da Basílica de São Pedro, acontecerá no final da tarde de 2 de maio, após o fechamento da Basílica.

Fonte Zenit.

22 de abr. de 2011

Missa Crismal - unidade do presbitério com o Bispo

            A celebração foi presidida por dom Pedro Carlos Cipolini, que consagrou os óleos que os padres vão usar durante todo o ano litúrgico nas cerimônias de batismo e crisma e na unção dos enfermos
A Quinta-feira Santa é o dia em que a Igreja Católica celebra a instituição da Eucaristia e também o dia do padre. Durante a missa, os sacerdotes, de pé, renovam os votos que fizeram no momento em que foram ordenados. Nessa missa, também são consagrados os óleos que os padres vão usar durante todo o ano litúrgico nas cerimônias de batismo e crisma como também na unção dos enfermos. De forma solene, o bispo abençoa os óleos, um dos momentos mais importantes da celebração.

Em sua homilia, dom Pedro Carlos destacou a importância da missa, também chamada de Missa do Crisma. “
Nas celebrações do tríduo pascal, que hoje à tarde se iniciam, torna-se presente e atuante, pela ação permanente de Jesus Cristo e de Seu Espírito Santo, a misericórdia do Pai. Nas celebrações que se dão estes dias, vamos muito além da reconstrução da morte e ressurreição do Senhor, como acontecimento do passado. Nos ritos que celebramos podemos encontrar-nos com o Cristo que vive, e nos comunica a energia transformadora de seu amor. É Jesus que na força do Espírito Santo continua sendo o protagonista central de toda a ação litúrgica que celebraremos mais uma vez na “Semana Santa”, disse. Ao falar sobre o sacerdócio, o bispo lembrou a todos que a “Igreja é um povo sacerdotal porque todos, pelo batismo, tem a missão de seguir Jesus Cristo, construindo este mundo novo, o Reino de Deus que Ele anunciou e iniciou. Na Igreja existe, porém o sacerdócio ministerial, são os presbíteros, eles recebem o sacramento da ordem das mãos dos bispos, para exercerem um “ofício de amor” (amoris officium) em favor do povo de Deus”, explicando em seguida que o sacerdócio ordenado se distingue do sacerdócio comum dos fiéis não só em grau, mas também em essência. “Dentro da comunidade eclesial, as relações são avaliadas em nível de serviço e não de poder. Esta realidade se manifesta na celebração eucarística. Quem preside a comunidade e é por ela responsável, preside também a Eucaristia”.

Dom Pedro Carlos, também agradeceu ao presbitério da Diocese de Amparo. “Agradeço não só a acolhida que tenho recebido dos padres, mas também o trabalho e dedicação à nossa Igreja. Sei das dificuldades que marcaram a caminhada, admiro a fortaleza e perseverança com que souberam superar os desafios”. E finalizou pedindo a todo o povo de Deus que reze pelos padres “e lhes dê apoio em seu ministério. De modo especial vamos apresentar diante de Deus os presbíteros desta Igreja que já partiram para a casa do Pai”, lembrou o bispo

Notícia

Papa reflete sobre sofrimento de Cristo no Getsêmani

Convida a unir-se à vontade de Deus acima de tudo, como Jesus

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de abril de 2011 (ZENIT,org) - O Papa Bento XVI dedicou a audiência de hoje a refletir sobre o significado profundo da agonia de Cristo no Getsêmani.
De fato, o sofrimento de Cristo no Horto das Oliveiras ocupou quase toda a catequese sobre a paixão e morte, enfocando todo o tríduo pascal a partir de uma ótica diferente da dos anos anteriores, nos quais ele explicava cada uma das celebrações.
O Papa sublinhou a importância, depois dos ofícios da Quinta-Feira Santa e do lava-pés, de participar da adoração eucarística, que precisamente faz memória deste momento especialmente duro da vida de Jesus.
No Getsêmani, "Jesus diz aos seus: ficai aqui e vigiai; e este apelo à vigilância se refere de modo preciso a este momento de angústia, de ameaça, no qual chegará o traidor, mas concerne também a toda a história da Igreja", explicou.
Esta exortação de Cristo é "uma mensagem permanente para todos os tempos, porque a sonolência dos discípulos não era só o problema daquele momento, mas o grande problema de toda a história".
Esta sonolência, afirmou, é a insensibilidade da alma frente ao poder do mal, frente a Deus: "esta é a nossa verdadeira sonolência; esta insensibilidade diante da presença de Deus que nos torna insensíveis também diante do mal".
A vontade de Deus
Depois, o Papa quis falar sobre a oração de Jesus no Getsêmani: "Não se faça a minha vontade, mas a tua".
Esta vontade de Cristo, explicou o Papa, é que "não deveria morrer", "que se afaste dele esse cálice do sofrimento: é a vontade humana, da natureza humana, e Cristo sente, com toda a consciência do seu ser, a vida, o abismo da morte, o terror do nada, essa ameaça do sofrimento".
No horto, Jesús transforma "esta vontade natural sua em vontade de Deus, em um "sim" à vontade de Deus".
"Entrar na vontade de Deus não é uma oposição à pessoa, não é uma escravidão que violenta a minha vontade, mas é entrar na verdade e no amor, no bem", recordou.
Jesús, afirmou o Papa, convida todos a "entrar nesse seu movimento: sair do nosso ‘não' e entrar no ‘sim' do Filho. Minha vontade existe, mas a decisiva é a vontade do Pai, porque esta é a verdade e o amor".
Sumo Sacerdote
Por último, o Papa explicou como, no Getsêmani, Jesus se converte no verdadeiro Sumo Sacerdote, prefigurado no sacerdócio levítico.
A Carta aos Hebreus, afirmou, "nos dá uma profunda interpretação desta oração do Senhor, deste drama do Getsêmani. Diz que estas lágrimas de Jesus, esta oração, estes gritos de Jesus, esta angústia, tudo isso não é simplesmente uma concessão à fraqueza da carne, como poderia ser dito".
"Precisamente assim, Ele realiza a tarefa do Sumo Sacerdote, porque o Sumo Sacerdote deve levar o ser humano, com todos os seus problemas e sofrimentos, à altura de Deus."
Esta "humilhação do Getsêmani é essencial para a missão" de Jesus, afirmou o Papa. "Ele leva consigo o nosso sofrimento, nossa pobreza, e os transforma segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu: esta cortina do Santíssimo, que até agora o homem fechava contra Deus, é aberta pelo seu sofrimento e pela sua obediência."
"O critério que guiou cada escolha de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, de ser-lhe fiel; esta decisão de corresponder ao seu amor o impulsionou a abraçar, em toda circunstância, o projeto do Pai."
"Disponhamo-nos a acolher, também nós, em nossa vida, a vontade de Deus, conscientes de que, na vontade de Deus, ainda que pareça dura, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida", concluiu.

Fonte: Zenit

20 de abr. de 2011

Espiritualidade

Liturgia da Palavra: O Tríduo Sagrado da Páscoa

Por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração

SÃO PAULO, terça-feira, 19 de abril de 2011 (ZENIT.org ) - Antecipamos nesta semana a apresentação do comentário à Liturgia da Palavra redigido por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo), para favorecer a compreensão do Tríduo Sagrado da Páscoa. Doutor em liturgia pelo ‘Pontificio Ateneo Santo Anselmo’ (Roma), Dom Emanuele é monge beneditino camaldolense.
* * *
O TRÍDUO SAGRADO DA PÁSCOA: JESUS MORTO, SEPULTADO, RESSUSCITADO

Um olhar de conjunto
              “Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de Deus! Como são insondáveis seus juízos e impenetráveis seus caminhos!... Porque tudo é dele, por ele e para ele. A ele a glória pelos séculos! Amém” (Rm 11, 33.36).
                A expressão de maravilha e de louvor por parte do apóstolo diante do mistério da aliança irrevogável de Deus com Israel - aliança que vai além da sua infidelidade - e do chamado dos pagãos a participarem da sua plena realização na morte e ressurreição de Cristo, bem interpreta os sentidos mais profundos da Igreja ao celebrar o solene Tríduo Pascal. Este evento Pascal é a fonte divina e perene da sua vida, assim como do caminho espiritual desenvolvido ao longo do ano litúrgico. A Igreja nos convida a entrar em atitude de maravilha e adoração.
                O Tríduo Sagrado inicia-se na tarde da quinta-feira santa, com a celebração da Ceia do Senhor, e acaba com as segundas Vésperas do dia da Páscoa. A Igreja contempla com fé e amor e celebra o mistério único e indivisível do seu Senhor Morto (Sexta-feira santa), Sepultado (Sábado santo) e Ressuscitado (Vigília e dia de Páscoa).
                  Com o Tríduo Pascal chegamos ao coração da história inteira e ao escopo da própria criação. A luz Pascal deste Santo Tríduo ilumina a vida de Jesus, sua missão desde seu nascimento e o projeto salvífico de Deus no seu desenvolvimento histórico: desde a criação e através das relações especiais da aliança com os patriarcas e os profetas, testemunhadas pelo Antigo Testamento. Na morte e ressurreição de Jesus e na efusão do Espírito, aquele projeto se revela em todo seu sentido profundo, e inicia a etapa radicalmente nova desta história que caminha rumo a seu cumprimento no fim dos tempos (cf. Ef 1,1-14; Cl 1, 15-20).
                  As pessoas que foram regeneradas na fé e no amor pelo batismo receberam as potencialidades e a vocação a viver como homens e mulheres “partícipes da vida do Ressuscitado”, partilhando a mesma energia divina de Cristo no Espírito (cf. Ef 2, 4-8; Cl 3, 1-4: 5-11).
                  As celebrações do Tríduo são particularmente ricas de gestos, movimentos, Palavra proclamada e comentada, cantos, silêncios. Tudo converge para nos aproximarmos com coração aberto e íntima devoção ao mistério da morte e da ressurreição de Cristo e da nossa participação a ele, por graça. O que mais nos surpreende é descobrir, mais uma vez, o amor gratuito com que Deus nos amou, e fica nos amando, até doar seu próprio Filho por nós e nele doar-nos sua própria vida: “para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16), como nos lembra o evangelista. Surpreendidos ainda mais pelo feito que “não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados” (1 Jo 4, 10).
                  O extremo esvaziamento do Verbo encarnado, na morte de cruz e no silêncio do sepulcro, abre o caminho para uma nova história, em prol de cada um e do mundo inteiro. “Batizados em Cristo Jesus, é na sua morte que fomos batizados. Portanto pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova” (Rm 6, 3-4).
                   Celebramos em maneira indivisível a Páscoa pessoal de Jesus e a Páscoa de seu corpo vivo que é a Igreja e cada um de nós, a caminho na esperança da renovação plena e definitiva.
Os três dias do Tríduo sagrado constituem a trama articulada e unitária do único e mesmo mistério pascal de Jesus e da Igreja. Cada dia, com a especificidade da sua linguagem ritual, põe a tônica sobre uma etapa ou aspecto do caminho pascal de Jesus. A forma narrativa dos acontecimentos destaca que a ação de Deus em Jesus se insere na realidade humana com suas aberturas e resistências, até a dramática recusa do seu amor. Mas o amor de Deus não se deixa vencer pelo mal e o pecado: “Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13, 1).
                   Cada um dos três dias nos proporciona a oportunidade de nos mergulharmos em diferentes aspectos do mistério pascal. Por enquanto, achei mais conveniente oferecer ao início algumas sugestões de caráter geral. Talvez elas possam ajudar a colocar e viver cada celebração na visão unitária do mistério pascal, assim como a Igreja o contempla e no-lo transmite através das celebrações. De cada dia irei destacar um ou outro elemento, útil para evidenciar a continuidade interior do Tríduo.          
                   A Quinta-feira santa: “Jesus... tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”
A missa do Crisma, presidida na manhã pelo bispo em sua catedral, com a participação do clero e do povo, encerra a quaresma e prepara os Óleos santos finalizados à celebração da iniciação cristã - especialmente durante a grande vigília pascal - e a da unção dos enfermos. Os textos bíblicos (Is 61, 1-9; Ap 1,5-8; Lc 4, 16-21), assim como as orações e o magnífico prefácio, destacam o sacerdócio de Jesus e a participação do povo cristão ao sacerdócio dele no Espírito Santo, em força do batismo. É o coração do dom da páscoa e da vida nova de todo o povo de Deus.
                  A Ceia do Senhor, na tarde (Ex 12, 1-14; 1 Cor 11, 23-26; Jo 13, 1-15), abre o Tríduo, celebrando antecipadamente na forma sacramental da eucaristia o dom do corpo e do sangue do Senhor, que a Igreja guarda como memória viva e fonte inesgotável da sua vida no tempo. A Igreja está certa de que “todas as vezes que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção” (Oração sobre as oferendas). O gesto de amor e de humildade com que Jesus, o Mestre e o Senhor, lava os pés aos discípulos, determina o horizonte divino das relações recíprocas entre os discípulos, e deles com qualquer pessoa, em toda situação e em todo tempo. Cada sofrimento partilhado e cada gesto de solidariedade faz Jesus lavar os pés e cumprir seu mandamento.
A Sexta-feira santa: celebração da Paixão do Senhor           
No centro da celebração está o evento e o mistério da cruz, proclamado nas Escrituras (Is 52,13-53,12;  Jo 18,1-19,42), honrado com a adoração e o beijo da cruz por parte da a assembléia, reconhecido como intercessão permanente junto do Pai (Oração universal), interiorizado na comunhão. A cruz é tragédia em nível humano, porém a fé a proclama como revelação suprema do amor de Jesus e início da vida nova que dele brota.
             Neste dia a Igreja fica concentrada diretamente sobre a contemplação silenciosa e adorante do evento da crucifixão. Não celebra a memória sacramental da morte de Cristo com a Missa. A cruz é o “eixo do mundo”, diziam os Padres da Igreja, pois nela se manifesta o extremo compromisso de Deus em favor do mundo. Este amor divino é o que sustenta o mundo.
             O estilo de Deus é loucura para os homens (cf. 1 Cor 3,18 -25), como o silêncio da morte ignominiosa na cruz. Porém este silêncio se torna o grito mais alto que testemunha seu amor sem limite.
O grito sofrido e confiante de Jesus, “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34; Sal 21, 2), assume em si mesmo o grito dos crucificados de todos os tempos, e abre para eles a esperança, pois “por isso Deus o exaltou e lhe concedeu um título (Kyrios- Senhor) que é superior a todo título”, e o fez raiz e modelo de vida nova entre os irmãos (Fil 2, 6-9).
               O perdão invocado sobre os algozes: “Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem” (Lc 23,34) e a entrega confiante ao Pai: “Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito” (cf. Sal 31,6 - Lc 23,46), abrem caminho definitivo para a comunhão renovada com Deus, abolindo todo impedimento ou outra mediação: “Jesus, porém, tornado a dar um grande grito, entregou o espírito. Nisso, o véu do templo se rasgou em duas partes, de cima a baixo, a terra tremeu e as rochas se fenderam” (Mt 27,50 -51).
                A Igreja hoje se reveste do silêncio mais do que de palavras. A celebração da Paixão se abre e acaba com a assembléia em silêncio! Ela fica olhando intensamente o esposo e cruza seu olhar com o olhar compassivo dele, que lhe transmite toda a força do seu amor. É do encontro deste recíproco olhar no amor que nascem os namorados e as namoradas de Cristo, os que chegam a doar a própria vida por ele e como ele.
          Nas salas cinematográficas do Brasil está estreando nestes dias o filme “Homens e Deuses” (Des Hommes et des Dieux), do diretor francês Xavier Beauvois. Narra a história simples e extraordinária dos sete monges trapistas mortos em 1997, em maneira ainda misteriosa por mão violenta, no mosteiro de Nossa Senhora do Atlas, na Argélia. Testemunhas de amor gratuito e sem limites entre si e com os habitantes muçulmanos da região, impelidos pela profunda relação pessoal de cada um com Cristo, única razão para ficarem solidários entre si e com os irmãos muçulmanos, se necessário até o martírio, como de fato aconteceu. É esta relação pessoal no amor que faz Cristo crucificado e sua páscoa tornar-se contemporâneos para com cada um de nós.
              Na sua fé a Igreja contempla o mistério da cruz na sua integridade, deixando-se guiar pela visão teológica da Paixão escrita por João. Ela faz da cruz o “evento de salvação”, da elevação violenta de Jesus na cruz a sua glorificação, e do “crucificado” o “Senhor” que dá a vida, derramando o Espírito criador (cf. Jo 19,30). A arte da Igreja, até o séc. 13, teve a ousadia de representar Jesus crucificado, como o Vivente, o Rei vitorioso e o Sacerdote do Pai. Do seu lado transpassado nasce o admirável sacramento da Igreja (cf. Sacrosanctum Concilium, n. 5).
              A religiosidade popular do Brasil, herdeira da religiosidade popular de Portugal colonial, tem ainda dificuldade de integrar a cruz na ressurreição. Deixando-se guiar pela liturgia, existe bastante espaço para valorizar a sensibilidade do povo brasileiro para o Cristo sofredor, tão próximo à sua história e, ao mesmo tempo, reconstruir a integridade da boa nova libertadora de Jesus e do seu mistério pascal.
Sábado Santo: dia do silêncio de Deus e dos homens
           O Sábado santo é o dia do grande silêncio. Só a Liturgia das Horas acompanha as etapas do dia.
Um dia vazio ou, ao invés, um dia de silêncio contemplativo e fecundo, de espera e de esperança, suscitada pela gestação silenciosa da nova criatura no seio da terra e do coração de Deus?
             “Que está acontecendo hoje?”, se pergunta o autor de uma antiga homilia sobre o sábado santo (séc. IV). “Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o rei está dormindo; a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e acordou os que dormiam há séculos.” (LH, IV, Sábado santo).
             O Sábado santo testemunha que Deus continua descendo até as entranhas mais obscuras e ambíguas da alma humana, e nas experiências mais marginalizadas, para recuperá-las e trazê-las à vida. Nada e ninguém é abandonado a si mesmo. Aprender a conviver com a “fraqueza” de Deus, com os silêncios de Deus, com os tempos e os diferentes ritmos de Deus, dos seus projetos, com a pedagogia com a qual ele nos dirige e acompanha com amor fiel embora às vezes incompreensível. Eis a lição do Sábado santo. O Sábado santo não é somente o segundo dia do tríduo: é uma dimensão constitutiva da  identidade cristã e de  todo caminho espiritual cristão.
               Para perceber e acolher a voz silenciosa que sobe da escuridão, é preciso o silêncio interior que abre à escuta e à uma visão mais aguda.
               A grande Vigília da noite  e o domingo de Páscoa
              A grande vigília da noite, junto com o dia de Páscoa, constitui o cume do Tríduo sagrado e do caminho quaresmal.
                São a noite e o dia destinados por sua natureza a iniciar/introduzir os catecúmenos à fundamental relação pessoal com Cristo através dos sacramentos da iniciação cristã. Com as palavras dos profetas Oséias e Isaías (4a Leitura: Is 54,5-14), a liturgia chama esta vigília de “noite das núpcias” de Cristo com a Igreja. Ele a torna mãe fecunda, capaz de gerar novos filhos ao Senhor nas águas maternais do batismo. Santo Ambrósio, nas suas catequeses mistagógicas sobre a iniciação cristã, descreve o encontro pessoal do neo-batizado com Cristo na eucaristia como o encontro apaixonado do amado com a amada do Cântico dos Cânticos! [1]
         É a noite-dia em que também os “fieis” são chamados a renovar seu compromisso batismal (renovação das promessas batismais), pois o batismo é a fonte que alimenta toda experiência espiritual cristã.
           A vigília se articula em quatro etapas que bem representam o caminho da iniciação e o do progresso espiritual ao longo da vida: liturgia da luz – liturgia da palavra – liturgia batismal – liturgia eucarística.
Quatro linguagens rituais para celebrar o único mistério de Cristo morto e ressuscitado, Elas destacam a passagem do batizado de uma existência nas trevas e na morte do pecado para uma vida nova em Cristo, para viver como ressuscitados.
- Liturgia da luz: Uma luz nasce de repente no coração da noite. Do círio pascal, símbolo de Cristo, recebem luz as velas de toda a assembléia que se põe a caminho. A reação frente a tamanho dom de Deus é o grito de alegria do “Exultet”, quase contraponto ao grito sofrido da Sexta-feira santa e ao silêncio adorante do sábado.
- Liturgia da Palavra: As sete leituras do AT e as duas do NT constituem a profunda contemplação das etapas de toda a história da salvação, desde a criação do mundo, através da história de Israel no AT, até à ressurreição de Jesus, e à proclamação que os batizados participam por graça à ela, iniciando o caminho do novo povo de Deus (Rm 6,3-11). A vida espiritual do cristão é continuidade e realização da mesma e única história da salvação, na espera do seu cumprimento com a vinda gloriosa de Cristo.
- Liturgia batismal: Constitui a passagem forte da vigília pascal. É a meta da longa preparação quaresmal para os catecúmenos, assim como para os já batizados.
O processo de preparação – como vimos, ao seguir a estrutura dos domingos da quaresma – destacou os variados horizontes e exigências para entrar na experiência sacramental e de relação pessoal com Cristo, e fazer desta relação a fonte e o critério de uma nova existência.
A renovação das promessas do batismo por parte de toda a assembléia abre estes horizontes, destaca estas exigências, confirma esta graça.
- Liturgia eucarística. Partilhar o corpo e o sangue do Senhor à mesa do altar é o dom supremo que os neo-batizados e os renovados na graça do batismo vão receber do próprio Cristo ressuscitado. Eles são introduzidos no mesmo dinamismo do Senhor. “Quando vai receber o corpo de Cristo nas mãos – sublinha Santo Agostinho aos recém-batizados – e ouvis o sacerdote dizer “É o corpo de Cristo”, tu respondes “Amém”. Tu recebes o corpo de Cristo, que sois vós”.
A nova existência alimentada pelo Espírito do Ressuscitado é vivificada por um novo dinamismo que produz os frutos do Espírito: alegria, paz, confiança filial, solidariedade fraterna.
         O canto do Aleluia constitui o emblema da Páscoa e da vida nova em Cristo. Brota da alegria da fé, se irradia através da vida renovada, antecipa a plenitude da esperança: “A Paixão do Senhor mostra-nos as dificuldades da vida presente, em que é preciso trabalhar, sofrer e por fim morrer. A ressurreição e glorificação do Senhor nos revelam a vida que um dia nos será dada... É isto o que todos nós exprimimos mutuamente quando cantamos: Aleluia! Louvai o Senhor!... Mas louvai com todas as vossas forças, isto é, louvai a Deus não só com a língua e a voz, mas também com a vossa consciência, a vossa vida, as vossas ações. (S. Agostinho, Com. Salmos, 148 1-2; 5a Semana do Tempo Pascal,  Sábado  LH II,  pg 779).    
“Ó Deus, por vosso Filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova” (Domingo de Páscoa, Oração do dia). 

Fonte: Zenit - acesso em 20/04/2011

14 de abr. de 2011

Audiência do Papa Bento XVI

A verdadeira simplicidade e grandeza da santidade
          Receita do Papa para ser santo: Eucaristia, oração, caridade
          CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de abril de 2011 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI disse hoje, diante dos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral, que a santidade é algo simples e acessível a todos: viver a vida cristã. Concretamente, ele salientou que o essencial é ir à Missa aos domingos, rezar todos os dias e tentar viver de acordo com a vontade de Deus, isto é, amando os outros.
         O Santo Padre quis dedicar o encontro de hoje a refletir sobre a realidade da santidade, encerrando assim um ciclo sobre histórias de santos, que começou há dois anos e no qual percorreu as biografias de teólogos, escritores, fundadores e doutores da Igreja.
          Em sua meditação, o Pontífice sublinhou que a santidade não é algo que o homem pode alcançar pelas suas forças, mas que vem pela graça de Deus.
         "Uma vida santa não é primariamente o resultado dos nossos esforços, das nossas ações, porque é Deus, três vezes Santo (cf. Is 6, 3), que nos torna santos, e a ação do Espírito Santo, que nos anima a partir do nosso inteiro, é a própria vida de Cristo Ressuscitado, que se comunicou a nós e que nos transforma", explicou.
          A santidade, afirmou, "tem sua raiz principal da graça batismal, no ser introduzidos no mistério pascal de Cristo, com o qual Ele nos dá seu Espírito, sua vida de Ressuscitado". No entanto, acrescentou, Deus "sempre respeita a nossa liberdade e pede que aceitemos este dom e vivamos as exigências que ele comporta; pede que nos deixemos transformar pela ação do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a vontade de Deus".
          Partindo da premissa de que o amor de Deus já nos foi dado pelo Batismo, agora se trata, segundo Bento XVI, de "fazê-lo frutificar". "Para que a caridade, como uma boa semente, cresça na alma e nos frutifique, todo fiel deve ouvir a Palavra de Deus voluntariamente e, com a ajuda da sua graça, realizar as obras de sua vontade, participar frequentemente dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da liturgia sagrada, aproximar-se constantemente da oração, da abnegação, do serviço ativo aos irmãos e do exercício de todas as virtudes", explicou.
           Longe da linguagem solene, o Papa propôs "ir ao essencial", resumindo a santidade em três pontos: o primeiro "é não deixar jamais um domingo sem um encontro com Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isso não é um fardo, mas a luz para toda a semana".
           O segundo é "não começar nem terminar jamais um dia sem pelo menos um breve contato com Deus".
           E o terceiro, "no caminho da nossa vida, seguir os "sinais do caminho" que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a definição da caridade em determinadas situações".
"Penso que esta é a verdadeira simplicidade e grandeza da vida de santidade: o encontro com o Ressuscitado no domingo; o contato com Deus no começo e no final do dia; seguir, nas decisões, os ‘sinais do caminho' que Deus nos comunicou, que são apenas formas da caridade."
          "Daí que a caridade para com Deus e para com o próximo sejam o sinal distintivo de um verdadeiro discípulo de Cristo. Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos", acrescentou.
          "Quão grande, bela e também simples é a vocação cristã vista a partir desta luz! - exclamou o Papa. Todos nós somos chamados à santidade: é a própria medida da vida cristã."
"Eu gostaria de convidar todos vós a abrir-vos à ação do Espírito Santo, que transforma as nossas vidas, para ser, também nós, como peças do grande mosaico de santidade que Deus vai criando na história, de modo que o rosto de Cristo brilhe na plenitude do seu fulgor."
          Por isso, exortou, "não tenhamos medo de dirigir o olhar para o alto, em direção às alturas de Deus; não tenhamos medo de que Deus nos peça muito, mas deixemo-nos guiar, em todas as atividades da vida diária, pela sua Palavra, ainda que nos sintamos pobres, inadequados, pecadores: será Ele quem nos transformará segundo o seu amor".
          Os santos, afirmou o Papa, "nos dizem que percorrer esse caminho é possível para todos. Em todas as épocas da história da Igreja, em todas as latitudes da geografia no mundo, os santos pertencem a todas as idades e condições de vida, são rostos verdadeiros de todos os povos, línguas e nações".
Em sua opinião, "muitos santos, nem todos, são verdadeiras estrelas no firmamento da história", e não só "os grandes santos que eu amo e conheço bem", mas também "os santos simples, ou seja, as pessoas boas que vejo na minha vida, que nunca serão canonizadas".
         "São pessoas normais, por assim dizer, sem um heroísmo visível, mas, na sua bondade de cada dia, vejo a verdade da fé. Essa bondade, que amadureceram na fé da Igreja, é a apologia segura do cristianismo e o sinal de onde está a verdade", concluiu.

13 de abr. de 2011

Programa em Rádio

SEMINARISTAS COMEÇAM PROGRAMA EM RÁDIO DE PEDREIRA

             Os seminaristas André Rossi, Carlos Oliveira e Lucas Lastória realizam semanalmente um programa na rádio Boa Nova Fm, em Pedreira. O programa é ao vivo e acontece toda segunda-feira das 20h às 21h30m. O programa que teve ínicio à duas semanas se chama “Permanecer no Amor” e tem em seu conteúdo muita música, espiritualidade, formação e informação. Entre os diversos quadros do programa, além de música, um tema central faz parte da conversa entre os seminaristas e deles com os ouvintes, que tem a possibilidade de participar ligando para a rádio. O programa é uma oportunidade de levar a Palavra de Deus as pessoas que nos ouvem em suas casas, é um momento onde podemos nos aproximar delas e ser alí, naquele momento, presença da Igreja – disse o seminarista André.
              O programa Permanecer no Amor vai ao ar toda segunda-feira à partir das 21h. e é reprisado na quinta-feira por volta das 23h. A rádio Boa Nova Fm 105,9 Mhz é uma rádio comunitária e por isso somente as pessoas de Pedreira conseguem sintonizar. No entanto, toda semana disponibilizaremos aqui no site da diocese o arquivo em mp3 para download, assim, você pode ouvir atráves do site ou em casa no seu computador ou no seu mp3 player.

Fonte: Site - Diocese de Amparo

12 de abr. de 2011

Bispo Diocesano

Saiba mais sobre Dom Pedro Carlos Cipolini, Bispo Diocesano de Amparo - SP



DOM PEDRO CARLOS CIPOLINI

Nasceu aos 04 de maio de 1952, na cidade paulista de Caconde, filho de João Cipolini e Alzira Carneiro Cipolini. Tem três irmãos, um dos quais é também sacerdote, e três irmãs. Na Matriz de Nossa Senhora da Conceição (hoje Basílica) em Caconde, foi batizado em 25 de maio de 1952, crismado em 14 de novembro de 1954 por D. Luiz Mousinho e fez a primeira comunhão em 18 de outubro de 1959.

Cursou a escola primária no Grupo Escolar Dr. Cândido Lôbo, em Caconde, e o ginásio e colegial no Ginásio Prof. Fernando Magalhães, também em Caconde.

Em 1973, ingressou no Seminário Central Imaculada Conceição, do Ipiranga (São Paulo-SP), pela Diocese de Franca-SP. Cursou Filosofia na FAI (Faculdades Associadas do Ipiranga), em São Paulo (1973-1975). Cursou também Pedagogia (1975-1976), obtendo a licenciatura em Filosofia e Pedagogia. Fez o curso integrado de Teologia, na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, da Arquidiocese de São Paulo, obtendo o bacharelado em Teologia (1973-1977).

Foi ordenado diácono na Catedral da Imaculada Conceição em Franca-SP, em 07 de setembro de 1977, e Presbítero na mesma catedral, no dia 25 de fevereiro de 1978, pelo Bispo Diocesano de Franca, D. Diógenes Silva Matthes.

Nomeado pároco da Paróquia São Sebastião, em Franca, tomou posse em 16 de março de 1978. Aí desenvolveu intenso apostolado, reorganizando a paróquia, dividindo-a em setores pastorais. Promoveu as pastorais e o trabalho do Grupo Fraterno Auxílio Cristão, em prol dos menos favorecidos. Reformou a igreja e a casa paroquial, promovendo a construção da Igreja do Menino Jesus de Praga, hoje Paróquia. Foi também pároco do município de Restinga, então capela anexada à Paróquia de S. Sebastião, de Franca. Em 1980, publicou pela Editora Paulinas, o livro “Um cristão para hoje”, que atingiu várias edições. Entre outros cargos ocupados na Diocese de Franca, Pe. Pedro foi Coordenador Diocesano de Pastoral (1982-1983), professor e coordenador de estudos do Seminário Propedêutico (1983-1984).

Em 1984-1985, cursou pós-graduação em Teologia, na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, obtendo o Mestrado em Teologia, após defender tese em Teologia Dogmática. No ano em que morou em S. Paulo para escrever sua tese, foi vigário paroquial da Paróquia Imaculada Conceição, do Ipiranga, junto à Faculdade Assunção (1985). Frequentou o Curso de Extensão Universitária sobre o novo Código de Direito Canônico, no Instituto de Teologia Salesiano Pio IX, em julho de 1983.

Transferindo-se para Campinas, passou a lecionar no Instituto de Teologia da PUC. Foi nomeado pároco da Paróquia dos Santos Apóstolos, na Vila Boa Vista, na periferia de Campinas, tomando posse da paróquia em 28 de dezembro de 1985. Foi definitivamente incardinado no clero de Campinas, por decreto do Sr. Arcebispo D. Gilberto Pereira Lopes, datado de 28 de janeiro de 1987.

Na Paróquia dos Santos Apóstolos, atuou no sentido de incentivar as pastorais sociais e a participação do povo na melhoria da qualidade de vida. Fundou e desenvolveu a Pastoral da Saúde para visita aos doentes. Realizou construções de salas para catequese e capela nos Parques Santa Bárbara e Fazendinha.

Durante os anos de 1987 a 1989, exerceu o cargo de Diretor Espiritual do Seminário Propedêutico São José de Pedreira e Seminário Imaculada de Filosofia da Arquidiocese. Também foi Vigário Episcopal da Região Episcopal Norte, de 1988 a 1990. Foi membro do Conselho Episcopal e do Conselho de Pastoral da Arquidiocese. Em janeiro e fevereiro de 1990, frequentou o curso de Eclesiologia para professores de Teologia, promovido pela SOTER/INP/CNBB.

Cursou o doutorado em Teologia na Itália, residindo em Roma, no Colégio Pio Brasileiro (1990-1992). Estudou na Universidade Gregoriana, onde defendeu tese de doutorado em Eclesiologia, conseguindo a laurea (magna cum laude). Teve oportunidade de visitar vários países da Europa e participar de cursos e estudos em muitas instituições culturais.

Regressando a Campinas em 1993, foi nomeado Administrador Paroquial e, em seguida, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Taquaral. Foi Diretor de Estudos do Seminário Imaculada de Teologia da Arquidiocese de Campinas (1993-1994). Retomou suas aulas na PUC, a partir de 1993, como Professor Titular, lecionando História da Igreja Antiga, Eclesiologia, Mariologia e Epistemologia Teológica, Estágio Pastoral (Ecumenismo e Pastoral Urbana). Em 1996, fez parte da Comissão Central do "Projeto de Evangelização Rumo ao Novo Milênio". Foi Coordenador do Departamento de Teologia Sistemática no ITCR-Puccamp, de 1997 a 1998. Em 1997, fez o Curso de Extensão Universitária sobre “Formação Espiritual nos Seminários Maiores”, em Viamão-RS, promovido pela CNBB e Faculdade de Filosofia da PUCRS.

Na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, promoveu a reorganização e modernização da paróquia, direcionando-a para ser um centro de pastoral e evangelização. Instituiu o Conselho de Assuntos Econômicos (CAE) e o Conselho de Pastoral Paroquial (CPP). Organizou vários cursos de formação e atualização para casais, jovens e crianças. Teve papel destacado no trabalho de conscientização da população, a fim de reivindicar e conseguir a melhoria das condições de saúde da população do Taquaral, através da construção, pelo município, de um Novo Centro de Saúde, atualmente em funcionamento.

Escritor e articulista, publica seus artigos no jornal Correio Popular. Manteve uma coluna quinzenal no jornal do Bairro Taquaral (Folha do Taquaral), enquanto ali trabalhou. Aliando ao ministério da pregação da Palavra de Deus no púlpito, o ministério da pregação pela imprensa e meios de comunicação, são inúmeras as entrevistas, principalmente pela TV, que tornaram o Pe. Pedro Carlos Cipolini conhecido na cidade de Campinas, além de cursos, retiros, palestras e pregações em diversas Igrejas e comunidades.

Em 03 de março de 1997, Pe. Pedro Carlos Cipolini foi escolhido para ser o Vigário Forâneo da Forania Coração de Maria, uma das cinco Foranias (ou regiões pastorais) em que está dividida a cidade de Campinas, cargo que exerceu até o fim do mandato em 1999. Foi Diretor Espiritual do Seminário Imaculada de Filosofia, da Arquidiocese de Campinas (1997-2000) e membro do Conselho de Presbíteros.

Em 1998, foi nomeado pelo Sr. Arcebispo de Campinas, Coordenador Responsável da visita das Relíquias de Santa Teresinha a Campinas, acontecimento que reuniu milhares de pessoas para momentos inesquecíveis de veneração, oração e emoção.

No dia 08 de março de 1998, com a bênção do Arcebispo de Campinas, Pe. Pedro inaugurou a Capela de São Sebastião, que também faz parte da Paróquia Nossa Senhora de Fátima. A ampliação e reforma desta antiga capela era uma aspiração da população do bairro, há bem vinte anos. Demolida a capelinha antiga em 1995, a nova foi construída em tempo recorde, com a ajuda da população.

Recebeu o título de “Cidadão Honorário de Campinas”, em 06 de março de 2000, título concedido a pedido do vereador Romeu Santini e aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal.

Em julho de 2000, publicou pela Editora Alínea, um livro sobre pastoral urbana, “Cidade transfigurada: o futuro do mundo urbano passa pela solidariedade”.

Em 09 de setembro de 2000, na Basílica Nossa Senhora do Carmo, Pe. Pedro tomou posse como o novo pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, no centro de Campinas, indo substituir Mons. Geraldo Azevêdo nas lides daquela Paróquia, onde se encontra até hoje. Foi nomeado Vigário Forâneo da Forania Santos Apóstolos, para o biênio de 2001-2002. Desde então tem exercido a função de Diretor Espiritual da Ordem Terceira Secular de Nossa Senhora do Monte Carmelo, anexa à Basílica.

Em 06 de março de 2001, foi nomeado Cônego Catedrático do Cabido Metropolitano de Campinas. Em 05 de dezembro de 2002, foi nomeado Vigário Episcopal da Região Episcopal Campinas, cargo que ocupou até a chegada do novo Arcebispo, D. Bruno Gamberini, em agosto de 2004, quando então foi nomeado Coordenador de Pastoral da Região Campinas, permanecendo no cargo até dezembro de 2008.

Em março de 2003 foi nomeado Assessor Eclesiástico da Comissão Arquidiocesana de Pastoral Familiar. De 2002 a 2008, foi membro do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e do Conselho de Presbíteros. De de 2004 a 2008, foi membro  da Coordenadoria de Pastoral.

Recebeu da Câmara Municipal de Campinas, a medalha Arautos da Paz, em 26 de novembro de 2004.

Desde 2008, é Assessor da Comissão Arquidiocesana em Defesa da Vida.

Foi nomeado pelo presidente da CNBB, Card. Geraldo Magela Agnello, membro da comissão teológica de peritos da Comissão de Doutrina da Fé para o mandato de 2003-2006 e confirmado para o período de 2007-2009.

Em 27 de fecereiro de 2009 foi nomeado pelo Arcebispo Dom Bruno Gamberini, Capelão da Irmandade e da Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Em 16 de março de 2010 foi nomeado Arcediago (Presidente) do Cabido Metropolitano de Campinas.

10 de abr. de 2011

Terceiro Encontro Vocacional

Terceiro Encontro Vocacional.

            A Pastoral Vocacional realizou mais um Encontro Vocacional, no Centro de Pastoral Nossa Senhora do Amparo. Vejam as fotos! E, ainda, a Pastoral Vocacional tem novo ajudante. É o Seminarista Lucas Lastória, do primeiro ano de Filosofia, que passará a ajudar o Pe. Anderson nos trabalhos da Pastoral Vocacional Diocesana. Aproveitamos para agradecer o Seminarista Gustavo que até agora auxiliou os trabalhos da Pastoral Vocacional. Por estar realizando o estágio pastoral em Holambra, pensou-se em um seminarista que realizasse estágio próximo de Amparo para facilitar a locomoção, por isso foi pensado no Seminarista Lucas, que realiza estágio pastoral em Arcadas, Distrito de Amparo.

Padres participam de momento de espiritualidade

Padres participam de momento de espiritualidade e veículo adquirido para o Seminário São José é abençoado por Dom Pedro Carlos Cipolini


Nessa última sexta-feira (08 de Abril), os padres de nossa diocese participaram de um momento de espiritualidade, em que, sob condução de nosso Bispo Dom Pedro Carlos Cipolini, puderam refletir sobre o sacerdócio. Tendo como título “O curador ferido”, as colocações tiveram grande ênfase sobre a vida de São João Maria Vianey, o Cura D’ars, padroeiro dos párocos. O encontro, que aconteceu na casa das irmãs Dominicanas em Amparo, começou as 09 h. e terminou com o almoço.
Esses momentos de formação são sempre oportunos, pois, além de favorecer o crescimento espiritual dos sacerdotes, promovem a unidade e a convivência fraterna dos padres. Além de momentos como esse, o clero participa, anualmente, de um retiro espiritual e de uma reciclagem teológica.
O dia também foi marcado pela benção do novo transporte do Seminário São José. No início deste ano, a diocese adquiriu para o Seminário uma Topic Boxer, visto que antiga Van que transportava os seminaristas diariamente até a PUCCAMP (Pontifícia Universidade Católica de Campinas) já estava com uma alta quilometragem, gerando assim muitos gastos com a sua manutenção. O Bispo aproveitou o momento oportuno da reunião de todo o clero para abençoar o novo transporte, uma vez que sua compra somente foi possível graças à doação feita pelas paróquias.
Continuemos rezando pelos nossos pastores, para que a exemplo do Cura D’ars eles possam sempre ser fies ao ministério que lhes foi confiado. E rezemos sempre pelos nossos seminaristas, para que tendo o apoio necessário, possam se preparar com empenho, para assumir o ministério presbiteral e fazer parte desse nosso clero diocesano.

6 de abr. de 2011

Encontro Vocacional

Terceiro Encontro Vocacional

       No próximo dia 10, no Centro de Pastoral da Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Amparo, será promovido pela Pastoral Vocacional  o terceiro encontro.
Local: Centro de Pastoral Nossa Senhora do Amparo, em Amparo (8:30 até 16:00)

Notícia

Blog, meio de Comunicação da Pastoral Vocacional chega a 3000 acessos.

                  A Internet se tornou um eficaz meio de Comunicação. Foi, nesta certeza, que a Pastoral Vocacional da Diocese de Amparo, pensou em também fazer parte deste meio, elaborando um instrumental de comunicação, que é o Blog - Secretariado Vocacional.
         
      Chegamos a 3000 acessos!!!
                 





Fonte das imagens: www. mosteirodosalvador.com.br - Acesso em 06/04/2011 e
                              www. blog.cancçãonova.com.br - Acesso em 06/04/2011

5 de abr. de 2011

Notícia

100 anos da presença Franciscana em Amparo

Neste final de semana, teve início a NOVENA PREPARATÓRIA em comemoração ao CENTENÁRIO DA PRESENÇA FRANCISCANA EM AMPARO-SP.
Em seu primeiro dia, foi refletido o tema “São Francisco e a redescoberta do Evangelho: Nasce a Vida Franciscana”.

Do mesmo modo como Jesus ofereceu à samaritana a “Água Viva” (Jo 4, 5-42) que acaba definitivamente com a sede e faz o mundo viver para Deus, Francisco vem nos oferecer o caminho da Fonte Inesgotável para todos aqueles que têm sede de justiça, de fraternidade e de amor: o Evangelho como forma de vida.

Toda a comunidade da Paróquia de São Benedito participou intensamente da abertura dessa grande comemoração que se estenderá por todo o ano de 2011.

Contamos, no Domingo (27/03/2011), na missa das 18h, com a presença do Bispo Diocesano de Amparo, Dom Pedro Carlos Cipolini, que relembrou, com muito carinho, que o atendimento, por parte da Província da Imaculada, ao pedido feito em 1911 pelo Bispo Dom João Batista Corrêa Nery, solicitando a presença dos filhos de São Francisco para auxiliar no serviço religioso da cidade, foi uma grande graça, tanto para a Diocese de Campinas (à qual pertencia a nossa cidade na época), como ainda o é para a Diocese de Amparo nos dias de hoje.

Ressaltou, ainda, Dom Pedro, a alegria que a Diocese de Amparo manifesta por contar - não como simples hóspedes, mas como membros permanentes e atuantes na vida da Diocese - com os frades menores que disseminam, em nosso meio, de forma tão bela, o grande lema franciscano: PAZ E BEM!

 Fonte - Site - Diocese de Amparo

4 de abr. de 2011

Notícia

Prédio onde funciona o Seminário São José passa por reformas.

No inicio deste ano o Seminário São José, localizado na cidade de Pedreira, sofreu diversas reformas. Com a ajuda do povo, que doou movéis para o Seminário, a Diocese conseguiu melhorar a estrutura da Casa de Formação, que conta este ano com quinze jovens que se preparam para assumir o sacerdócio.
O Seminário, local onde os jovens se preparam para serem padres, é o coração da Diocese. Essa afirmação não é exagerada se pensarmos no seminário como uma grande escola de vivência do Evangelho, preparando, assim, pessoas maduras para ficar à frente de uma comunidade. Isso, somado ao aumento do número de vocações em nossa Diocese, fez com que nosso Bispo, Dom Pedro Carlos Cipolini, e o reitor, Padre Tarlei Pádua Navarro Souza, planejassem algumas melhorias, dentre as quais: pintura interna e externa, reestruturação de alguns cômodos e reorganização da biblioteca.
Quando inaugurado, o Seminário São José, de Pedreira, funcionava como Curso Propeudêutico da Arquidiocese de Campinas. Em 1998, com o desmembramento da Região Leste da Arquidiocese, elevada a Diocese de Amparo, o Seminário São José passou à condição de Seminário de Filosofia e Teologia do novo Bispado.


Fonte: site - Diocese de Amparo