16 de dez. de 2012

Reflexão vocacional

A Vocação Sacerdotal 


          Desde o Antigo Testamento, Deus nunca deixou de providenciar líderes a seu povo, revestindo-os com Sua força e constituindo alguns como Sacerdotes. Assim aconteceu com Aarão e seus filhos.
           Esse sacerdócio era uma prefiguração do Sacerdócio definitivo na Nova Aliança realizada no Sangue de Cristo. Nela, Jesus é o Único e Eterno Sacerdote que se oferece ao Pai de uma vez por todas pela salvação. Cristo escolhe bondosamente homens que tomem parte no Seu Sacerdócio. Os primeiros escolhidos foram os Doze Apóstolos que pela imposição das mãos, comunicaram esse sublime mistério a seus sucessores, de modo que a mesma graça concedida a eles continuasse sempre presente na Igreja.
            “O Sacerdote é considerado o homem de Deus. É um ser Humano que emprega a vida para dar culto a Deus, buscar a Deus, estudar Deus, conversar com Deus, falar em Deus, sentir Deus. É o homem religioso; é o homem sagrado. É o intermediário entre Deus e os homens; é a ponte: representa Deus aos olhos dos homens e os homens aos olhos de Deus” (Paulo VI).
            O Sacerdote é a presença viva de Cristo na Igreja. Ele age “na presença de Cristo”, ou seja, através dele, Cristo continua a santificar, governar e ensinar seus fiéis a se entregar ao Pai, tomando presente no “hoje” da história seu Sacrifício Redentor.
            Mesmo revestido de tão Grande dignidade, o Sacerdote é uma pessoa humana como as outras, sujeito a falhas e imperfeições. Aí se percebe que o Sacerdócio não é merecimento de ninguém, mas piro Dom definitivo. Manifesta-se assim a grandiosidade do poder de Deus, pois todo o bem realizado pelo sacerdote não vem dele próprio, e sim do Senhor.
            O sacerdócio é, pois, dom e mistério, como nos dizia o Papa João Paulo II. Dom imerecido por quem quer que seja devido ao mistério que o envolve: um simples homem ser o representante de Deus Altíssimo e agir com Sua autoridade, a ponto de Cristo declarar. “Quem vos recebe, a mim recebe” (Mt 10,40).
            Como chamou os Apóstolos, Jesus continuou a chamar outros durante toda a história da Igreja para que fossem “pescadores de Homens” (cf. Mc 1,17) e ainda na atualidade não Se cansa de dirigir Seu suave, e ao mesmo tempo, forte convite: “Vem e segue-me”. Ele chama aqueles que Ele quer (cf. Mc 3,13). Mas dos que chama espera sempre uma resposta. Muitos dizem sim como Maria, os primeiros discípulos, os Santos; outros, infelizmente, obstinam-se em se negar ao Serviço do Senhor.      
            Amigo leitor, quem sabe esteja querendo algum membro de sua família, um amigo seu, ou até você mesmo entre as fileiras dos ministros de Cristo... É uma grande missão. Contudo, o que importa é confiar em Deus e fazer como os primeiros Apóstolos que “... imediatamente deixando as redes, o seguiram” (Mc 1,18).

Fonte: http://pastoralvocacionalpa.no.comunidades.net

Pe. Eder e Pe. Bruno

Pe. Eder e Pe. Bruno, novos sacerdotes!






















             Ao Pe. Eder e ao Pe. Bruno nossas orações e felicitações por esse momento especial na vida deles, de seus familiares e de nossa Igreja que já conta com mais dois padres para o nosso presbitério. Pe. Eder Pradella de Oliveira participará dos trabalhos pastorais da Paróquia Sant'Ana, em Pedreira, assumindo a função de Vigário Paroquial, ajudando, assim, ao Pe. Adriano Broleze, e o Pe. Bruno Pereira Gandolphi ajudará nos trabalhos pastorais junto à Paróquia Beata Irmã Dulce, na cidade de Jaguariúna.

Dois novos padres para a Diocese de Amparo








Dom Pedro Carlos Cipolini e clero diocesano, na Paróquia de Santa Maria, em Jaguriúna - SP







No último dia 08 de dezembro na Matriz Santana de Pedreira às 15h00 aconteceu a missa de Ordenação Presbiteral do Diác. Eder Pradella. A celebração contou com a presença do clero de nossa Diocese e de padres vindos de outras dioceses, bem como dos outros diáconos, seminaristas e do povo que compareceu em grande número. A missa foi presidida por nosso bispo Dom Pedro Carlos Cipolini, e foi um momento especial para a nossa Igreja. Do mesmo modo ocorreu a missa de Ordenação Presbiteral do Diác. Bruno Pereira Gandolphi no último dia 12. Com muita alegria, todos novamente se reuniram na Matriz Santa Maria em Jaguariúna, onde as 19:30 teve início a missa de ordenação. As próximas ordenações serão dia 28 de dezembro na Matriz São José em Mogi Mirim do Diác. André Luiz Rossi e dia 05 de Janeiro do Diác. Flávio Ferreira na Matriz Santa Cruz também em Mogi Mirim.








13 de out. de 2012

REFLEXÃO VOCACIONAL


      PARA REFLETIR!!!

    É natural que, adolescentes e jovens em certo momento se perguntem: “Que buscarei para minha vida futura? Que ideais e porque caminhos me convém ir?” Além de investigar nos livros de estudos, certamente muitos deles observam as pessoas concretas como exemplos possíveis de ser imitadas.
A respeito, uma das passagens bíblicas que me impressionam por seu realismo e espontaneidade começa com uma pergunta, segue com um convite e uma breve convivência. Expressa uma pedagogia eficaz, que respeita profundamente a liberdade de quem procura recorrer seu próprio caminho.
- “Que buscais?”, pergunta Jesus a dois jovens, perto do rio Jordão.
O que se em seguida se pode denominar, com razão, uma “aula de mestre”.
Os jovens de hoje querem saber como vivem os “mestres”, tem interesse em particularidades das pessoas que lhes produzem admiração. No meio desta curiosidade, há uma busca da realidade mesma (coerência, verdade, sinceridade) do “ídolo” que supera as aparências.
A satisfação de busca destes jovens é mais completa quando o que é “desvelado” o é de maneira personalizada, sem artifícios  Justo aí, ocorrem excelentes provas vocacionais: os jovens, que já não suportam farisaísmos, são capazes de rechaçar ou abraçar para si mesmos este ou aquele modo de vida.
Deus é quem chama e constitui seus ministros para a evangelização e a cura de almas na Igreja. É também claro que “os sinos dos projetos terrenos” são muito forte nos ouvidos dos batizados, obstruindo ou obnubilando muitas vezes a “vox Dei” que está na brisa mansa (1Rs 19,12). Os espaços sociais carecem de silêncio, de meditação e “sintonia” para escutar o chamado divino; ao menos falta o silêncio interior. Porém Ele, como dono da Vinha, não a abandonará sem operários, Sua generosidade no chamamento se manifesta de múltiplas formas.
No processo de resposta à vocação ministerial não é estranha a presença de um mestre que, muito de perto, é como uma seta indicando a meta. Josué teve a Moisés como mestre, Samuel a Eli, Timóteo a Paulo… e assim por diante. O papa Paulo VI disse que o mundo moderno ouve mais às testemunhas que aos pregadores. João Paulo II reafirma a importância desse testemunho (PDV. 39), e é este o tema da mensagem de Bento XVI para o dia do Bom Pastor.
Eu tive a graça de contar com uma pessoa equilibrada, simples e orante em meus primeiros passos vocacionais. Ainda adolescente, me dispus a acompanhar-lhe algumas vezes em seus trabalhos de assistência às comunidades. Nestas oportunidades, mais que por suas palavras, me fez ver sua fidelidade e dedicação às pessoas sem esperar nada em troca, sempre disponível a ouvir e orientar sem arrogância  sem pressa, sem elucubrações  O referido sacerdote, ordenado por João Paulo II em 1980, não sabe o bem que me fez em seus “ silêncios”, em suas aulas “práticas”.
Em minhas atividades pastorais como seminarista sempre falei da vocação sacerdotal; como reitor do Seminário Menor procurei acompanhar aos vocacionados através de visitas às suas famílias, colégios e paróquias. Hoje -suponho- haverá algum deles (sacerdotes) para o qual aquelas visitas terão tido um significado positivo em sua decisão  mais que minhas palavras.
Evidentemente há muitos modos de chamamento ao sacerdócio ministerial, mas este processo, por assim dizer, “personalizado”, é evidente nas Sagradas Escrituras, e um dos mais eficazes na Historia da Igreja, até o dia de hoje. Se há sacerdotes que não vivem sua vocação  muitos mais são os que a vivem com intensidade de amor indiviso.
Creio que, nós sacerdotes, não devemos aparecer como uns “desencarnados” da realidade, angélicos ou artistas: fizemos uma opção pela qual entregamos a vida, sem temer a transparência de nossa humanidade, de nossos sentimentos, hábitos e limitações  Em tudo isto também haverá sinais de nossa configuração com Jesus Cristo a quem seguimos. O fundamental é que não nos falte amor e doação sincera ao que elegemos como ocupação neste mundo (Rm 8,35).
Então, queremos apresentar nossa “casa” aos jovens que perguntam: “Onde vives?”. Abrimos nossa porta para que vejam de perto em que consiste o “ mistério” que envolve nosso “ ministério”: estar no mundo sem ser do mundo. Que descubram eles mesmos a fonte de nossa alegria. Ao menor gesto de interesse, queremos dizer-lhes: “Vinde e vereis”.
Deixaremos que falem nossas ações, não nos distanciaremos; nossa vocação não é de “Mito”: em algum momento e sempre, o simulacro desaparece, e fica o que é. Na convivência com um ou outro jovem, já não seremos nós quem falaremos e sim Aquele em quem procuramos nos configurar. E, se algo em nós, mui humano e pouco divino, aparecer nesta aula prática não será motivo de susto para quem também viveu a circunstancia da debilidade. Não lhes passará despercebido nosso empenho na “messe” e, sobretudo, o encantamento que dedicamos ao Senhor. E além disso, o Espírito Santo –protagonista maior- fecundará a boa semente nos jovens que buscam definir suas futuras ocupações.
(Pe. Crésio Rodrigues / Direito Canónico em Pamplona-España).

12 de set. de 2012




  No sábado, 08 de setembro, na festa da Padroeira da Diocese, Nossa Senhora do Amparo, e também aniversário de dedicação da Catedral, foram ordenados diáconos quatro seminaristas de nossa Diocese. 

           Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo diocesano, presidiu a celebração que teve início as 10 horas com a presença dos fiéis, do presbitério de nossa diocese e seminaristas. Também estiveram presentes padres, seminaristas e diáconos de outras dioceses. A celebração conferiu o sacramento da ordem aos seminaristas André Luiz Rossi, Bruno Pereira Gandolphi, Eder Pradella de Oliveira e Flávio Ferreira da Silva. Os jovens ordenandos escolheram como lema de ordenação a passagem de Josué 24,24: "Ao Senhor nosso Deus nós serviremos, e a sua obedeceremos".

            Durante a homilia Dom Pedro Carlos resaltou a função do Diácono e manifestou sua alegria com a ordenação dos jovens. Após a comunhão, Dom Pedro apresentou os diáconos aos padres das paróquias que exercerão o ministério, a saber: Diác. André ficará na Paróquia Nossa Senhora do Rosário em Serra Negra, Diác. Bruno na Paróquia São Sebastião em Amparo, Diác. Eder na Paróquia Santana em Pedreira e Diác. Flávio na Paróquia Santa Cruz em Mogi Mirim. No fim da missa, o diácono Eder fez os agradecimentos, ressaltando a gratidão ao Bispo, aos padres do presbitério que acolhem os novos diáconos e ao povo que marcou presença. Os diáconos receberam os cumprimentos na Igreja. 


Confira as fotos em: www.diocesedeamparo.org.br

4 de set. de 2012

Dom Pedro Carlos escreve sobre as Vocações Sacerdotais

VOCAÇÕES SACERDOTAIS

Dom Pedro Carlos Cipolini – Bispo Diocesano de Amparo-SP

        O tema das vocações sacerdotais nunca perde a atualidade. Não é por ser mês de agosto, mês das vocações que ele volta à baila. Vocação é chamado, e nós cristãos, somos todos vocacionados, convocados para uma vida de união transformadora com Deus. União que se chama santidade. Esta é a vocação fundamental, pois o Pai em Cristo: “escolheu-nos, antes da constituição do mundo, para  sermos santos e imaculados diante de seus olhos” (Ef 1,4).     
       O batismo faz dos membros da Igreja um povo “sacerdotal”. É a vocação de todos para viver na santidade e assim consagrar o mundo a Deus, trabalhando para que venha o seu Reino. Este é o sacerdócio comum dos fiéis. Porém, quando o tema é vocação não podemos deixar de pensar na vocação ministerial existente na Igreja. Os ministros ordenados estão a serviço do povo sacerdotal, de toda a Igreja, para que todos possam cumprir sua vocação comum à santidade, vocação que brota do batismo. 
         O sacerdócio comum dos fiéis brota do batismo, porém o sacerdócio ministerial brota do sacramento da Ordem, o qual dá à Igreja os ministros ordenados, para o crescimento e fortalecimento da graça batismal. “O sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial ou hierárquico, embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau, ordenam-se mutuamente um ao outro” (Vaticano II - LG 10). Assim, a palavra chave para se entender a vocação ao ministério ordenado é servir. “Eu vim para servir e não para ser servido”(Mt 11,28). É assim que se expressa o Sumo Sacerdote da Nova Aliança, Jesus Cristo, de cujo sacerdócio participa todo ministro ordenado.
       Em se tratando de vocações sacerdotais, é muito importante o chamado, o sentir-se chamado e vocacionado ao ministério. Aquele que for chamado deve fazer o discernimento e caminhar na generosidade e na perseverança. A generosidade deve desenvolver a capacidade de dizer um sim verdadeiro, refletido e solidificado no estudo mas principalmente na oração. E aqui é necessário ter consciência de que não se pode doar-se a Deus pela metade, ou a conta gotas, pois Deus tem um “amor ciumento” (cf.2Cor 10, 11).
No Entanto, é a perseverança a pedra de toque de toda vocação bem fundamentada. Perseverar durante o processo de formação, na busca constante de se preparar para servir. E depois perseverar no cultivo da vocação confirmada pela Igreja através do sacramento da Ordem. É preciso todos os dias consolidar a vocação: “...esforçai-vos para consolidar vossa vocação e eleição”(2Pr 1,10). Perseverar, permanecer, vigiar, Jesus vai insistir muito nisso (cf. Lc 12, 35-38). O administrador sábio e fiel vigia o tempo todo, foge do equívoco de pensar que o patrão vai tardar em vir.
       Assim, todo aquele que é chamado ao ministério ordenado e estão se preparando para ele, os seminaristas, tanto os que já receberam o sacramento da Ordem, devem se alimentar todos os dias da Palavra de Deus; “A Palavra de Deus é indispensável para formar o coração de um bom pastor, ministro da palavra. Bispos, presbíteros e diáconos não podem de forma alguma pensar viver a vocação e missão sem um decidido e renovado compromisso de santificação, que tem um dos seus pilares no contato com a Bíblia” (Bento XVI in VD n. 78).

Foto: Pe. Anderson Frezzato, Diretor do Curso Propedêutico Sant'Ana e os Jovens do Propedêutico: Fabrício Fagner, Jessé Peternella e Reginaldo Grillo.

18 de ago. de 2012

           ORDENAÇÃO DIACONAL - 08 DE SETEMBRO 
CATEDRAL DIOCESANA

CONVITE

            No próximo dia 08 de Setembro quatro seminaristas de nossa Diocese serão Ordenados Diáconos pelo nosso Bispo Diocesano Dom Pedro Carlos. Os jovens André Luiz Rossi, Bruno Pereira Gandolphi, Eder Pradella de Oliveira e Flávio Ferreira da Silva já estão na última etapa da Faculdade de Teologia e já receberam os ministérios de Leitor e Acólito. A ordenação será no dia em que a Diocese celebra sua padroeira, Nossa Senhora do Amparo. 

            A Diocese de Amparo, e os seminaristas convidam todos a participarem, confiram abaixo o convite e um breve histórico de cada um deles.



André Luiz Rossi
André Luiz Rossi nasceu em 09 de dezembro de 1984 em Mogi Mirim/SP. Seus pais José Roberto Rossi (falecido) e Valquiria Sueli Pietrafesa Rossi possuem mais dois filhos. André sempre morou em Mogi Mirim, onde também cursou o ensino fundamental e o ensino médio e onde trabalhou até ir para o seminário com 20 anos. André fez pastoral na paróquia Santo Antônio de Santo Antônio de Posse, depois em Santo Antônio em Pedreira. Já cursando a teologia fez estágio pastoral na paróquia São Benedito de Itapira, Sagrado Coração de Jesus em Jaguariúna, São Sebastião em Amparo, Senhor Bom Jesus em Monte Alegre do Sul e por fim está na paróquia Nossa Senhora do Rosário em Serra Negra.

Bruno Pereira Gandolphi
Bruno Pereira Gandolphi nasceu aos 29 de Outubro de 1987, na cidade de Campinas – SP, porém registrado e residente em Jaguariúna, onde viveu até os sete anos. Mudou-se para Jacareí, cidade localizada no Vale do Paraíba, onde viveu até os quinze anos, quando então voltou a Jaguariúna, onde sua família reside até hoje. É o filho mais velho de Carlos Roberto Gandolphi e Loide Pereira Gandolphi, tem dois irmãos mais novos, Vinícius Gandolphi e Guilherme Gandolphi. Ingressou no Curso Propedêutico Sant’ Ana em Amparo no ano de 2005 e no Seminário Maior de Filosofia e Teologia São José em Pedreira no ano de 2006. Fez seu primeiro estágio pastoral na Paróquia Nossa Senhora das Brotas em Lindóia, onde permaneceu por um ano, depois foi transferido para a Paróquia Santo Antônio em Santo Antônio de Posse, onde permaneceu por 2 anos. Terminada essa etapa foi transferido para a Paróquia Santo Antonio na cidade de Pedreira, onde permaneceu por 2 anos, logo após foi transferido para a Paróquia Santo Antonio na cidade de Itapira, onde permaneceu por 1 ano e no momento exerce seu estágio pastoral na Paróquia Santa Cruz, na cidade de Mogi Mirim.

Eder Pradella de Oliveira
Eder Pradella de Oliveira nasceu em 15 de maio de 1987 em Maringá/PR. Seus pais Manoel Dutra de Oliveira e Maria Luiza Pradella de Oliveira têm mais uma filha Mirian Cristiane de Oliveira. Ingressou no seminário em 2004, na cidade de Campinas, atualmente em nossa diocese no Seminário São José conclui seus estudos teológicos. Eder já passou pela Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Jaguariúna, Santo Antônio em Santo Antônio de Posse e atualmente faz estágio pastoral na paróquia Santa’ Ana em Pedreira.

Flávio Ferreira da Silva
Flávio Ferreira da Silva nasceu em 28 de Janeiro de 1984 em Caieiras/SP. Seus pais Francisco Ferreira da Silva e Rosina Ferreira da Silva possuem mais dois filhos. Flávio sempre morou em Caieiras, onde também cursou o ensino fundamental e médio, aos 20 anos entrou no seminário. Flávio desenvolve pastoral na paróquia Nossa Senhora das Graças em Águas de Lindóia.





Seminaristas recebem Ministérios

Três Seminaristas recebem Ministérios

            Quinta, dia 09 de agosto, os seminaristas de nossa diocese, Bruno Roberto Rossi, Carlos Roberto de Oliveira e Murilo Daniel Botelho Gomes, receberam os ministérios de Leitor e Acólito. A missa foi na Matriz Nossa Senhora Aparecida de Pedreira, e contou com a presença de vários padres e seminaristas. O povo também participou em grande número. Após a celebração teve uma confraternização que a comunidade ofereceu a todos presentes.

          Por meio dos ministérios da Igreja, rende-se a Deus o seu perfeito culto e, ao povo de Deus, presta-se o serviço. Em resposta às necessidades do tempo presente, os ministérios da Igreja latina permanecerão sendo dois: Leitorado e Acolitado.

          O Leitor deve desempenhar sua função própria, ou seja, ler a Palavra de Deus nas assembleias litúrgicas; recitar os salmos e ajudar na formação de outros fiéis encarregados da leitura da Sagrada Escritura na liturgia. Contudo, por meio do ministério de Leitor, deve buscar um maior conhecimento sobre a Sagrada Escritura e buscar uma maior intimidade com o Senhor, para ser discípulos fiel e generoso do Senhor da messe. 

          O Acólito instituído tem como função ajudar ao sacerdote e ao diácono na liturgia. O Acólito também distribui, como ministro extraordinário, a sagrada Comunhão nas circunstâncias em que as exigências pastorais o permitem. Pode ser encarregado de forma extraordinária, a expor e recolher o Santíssimo Sacramento para adoração pública. O Acólito deve alcançar uma maior piedade na sua participação da Santíssima Eucaristia. 

           Aos seminaristas os ministérios fazem parte do processo vocacional, que tem como fim último o sacerdócio. Rezemos por estes três jovens, para que, recebido os ministérios, aumentem o desejo de servir ao Senhor na instauração do seu Reino: no exercício da caridade, principalmente pelos mais fracos e doentes. Que Maria Nossa mãe, a virgem do Amparo, sempre os proteja e auxilie no caminho vocacional.

13 de jun. de 2012

Solenidade de Corpus Cristhi em Amparo

Corpus Cristhi tem a participação de todas as Paróquias da cidade de Amparo

           A missa de Corpus Christi em Amparo ocorreu as 16h00 na Praça Pádua Salles junto ao Palco da Radio Cultura. Mesmo com a instabilidade do tempo, a missa ocorreu com tranquilidade sem nenhum transtornou, reunindo todos os padres da Cidade. Esse ano a missa da cidade contou com a presença da comunidade paroquial de N. Sra. Aparecida de Arcadas, que com alegre e plena consciência quer testemunhar o valor da unidade da comunhão em torno do mesmo Cristo.

     Mais de 2 mil pessoas participaram da Solenidade. Todos participaram da procissão pelas ruas artisticamente decoradas pelas cinco paróquias com serragem, flores entre outros, refletindo esse ano a Carta Pastoral de Dom Pedro Carlos. As pessoas também levaram velas acesas, como sinal da fé e da alegria de estar em Cristo Jesus, por meio da Santa Eucaristia.

         A bênção solene ocorreu na Praça Monsenhor João Baptista Lisboa, defronte a Catedral, onde toda a Praça esteve tomada pelos fieis. Tanto a Celebração Eucarística e a Benção Solene, foram presididas pelo nosso Bispo Diocesano, Dom Pedro Carlos Cipolini.

             A coleta realizada na celebração Eucarística deu o valor de R$ 3.479,00 reais, que conforme anuncio seria repartido em quatro partes, a primeira para os gastos do evento que ficou em R$ 2108,00 (corresponde a folhetos, cartazes e som) e as outras partes igualmente entre as instituições de nossa cidade: Asilo, Educandário e Orfanato, no valor de R$ 457,00 cada. Agradecemos a todos que participaram e colaboraram para esse grande momento de unidade e comunhão de toda a nossa Igreja em Amparo, um agradecimento especial aos jovens que mesmo com o tempo incerto realizaram com carinho e muita criatividade o Tapete para o Procissão do Santíssimo Sacramento por toda dimensão da Rua 13 de maio.



10 de mai. de 2012

Visita de Dom Pedro Carlos com os Seminaristas à TV Século XXI

Visita de Dom. Pedro Carlos, com os Seminaristas  de nossa Diocese de Amparo, à TV Século XXI.

7 de mai. de 2012

Reflexão

Reflexão Vocacional

       O que fazer para ser padre? Essa é uma pergunta que tenho escutado muitos nesses últimos tempos. Essa pergunta inquieta os corações de muitos jovens e adolescentes ao perceberem o sublime mistério que envolve tantos homens que entregam suas vidas por amor a Deus. Antes de tudo é preciso recordar que a raiz dessa vocação é a própria iniciativa do Deus vivo que propõe aos jovens profundas questões: você quer ser feliz? Você quer fazer a diferença no mundo? Você quer viver em intimidade Comigo? Você quer ser padre? Não raro essas perguntas geram desconforto e insegurança. À pergunta inicial se somam muitas outras: mas o que devo fazer? Com quem devo falar? E minha família? Meus amigos? Será que consigo? E meus defeitos? Indico a seguir cinco atitudes que devem ser tomadas por aqueles que desejam trilhar firmes nesse caminho:
              1) Confiar: a primeira atitude necessária é confiar no Deus que chama. Certamente ser padre ou não depende muito de mim, mas muito, muito mais d’Ele que concede a sua graça aos seus amados (Sl 126), aos seus eleitos, seus escolhidos;
              2) Rezar: a segunda atitude é a certeza da companhia desse Deus maravilhoso. Nunca, jamais estamos sós, pois Ele é o nosso sustento. Então é preciso falar com Ele, rasgar o coração diante d”Ele, confidenciar nossos medos e pedir sua ajuda para seguir em frente;
               3) Descomplicar: geralmente há muitas idealizações na fase de questionamentos e junto com elas muitas oscilações. Alguns jovens imaginam o sacerdócio tão elevado que depois se sentem sem forças e indignos para seguir tal caminho. Certamente o sacerdócio é sublime, porém não se confunde com nossas idealizações e complicações. O Senhor Jesus escolheu homens cheios de limitações e fraquezas, simples, pecadores, porque sabia ver neles algo que os nossos olhos geralmente não vêem e, soube fazer na vida desses homens uma verdadeira transformação como também quer fazer na sua.
              4) Experimentar: Há no sacerdócio instaurado por Jesus um modo simples de proceder no mundo, amando e servindo, ‘Ele passou fazendo o bem’ nos dirá as Escrituras. Mais do que buscar se conformar com as imagens que criamos sobre o sacerdote é necessário pensar a entrada no seminário como uma experiência de seguimento de Jesus. Afinal, esta é a vida que Deus te concedeu como dom. O período no seminário é necessário para ajudar a compreender e amadurecer a própria vocação. Entrar no seminário não quer dizer necessariamente ser padre; muitos dos amigos que me acompanharam nesse período compreenderam que havia para eles outros caminhos a serem trilhados, mas apenas puderam chegar a esta compreensão porque fizeram a necessária experiência de estar um tempo no seminário, de conhecer, conviver, do contrário, levariam eternamente em seu peito aquela dúvida inicial.

Fonte:

Filme Vocacional

Você já pensou em ser padre?



Padre: um presente de Deus.
Vale a pena assistir!

4 de mai. de 2012

Aniversário de Dom Pedro Carlos Cipolini



Parabéns ao Senhor Bispo Dom Pedro Carlos

Neste dia 4 de maio, Dom Pedro Carlos Cipolini, completa mais um ano de vida. Parabenizamos nosso Bispo por esta data e desejamos muitas felicidades.

Pastoral Vocacional




            E para comemorar o seu aniversário, Dom Pedro Carlos se reunião com nossos Seminaristas do Seminário São José, em sua residência. Veja a foto:





27 de abr. de 2012

Espiritualidade para os Sacerdotes

Carta aos sacerdotes


Carta do Prefeito da Congregação para o Clero, Mons Mauro Piacenza
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 25 de abril de 2012 - Oferecemos o texto completo da carta dirigida aos sacerdotes pelo cardeal Mauro Piacenza, prefeito da Congregação para o Clero e pelo secretário do dicastério, monsenhor Celso Morga Iruzubieta, arcebispo titular de Alba Marítima.
***
CARTA AOS SACERDOTES

Caros Sacerdotes,
             Na próxima solenidade do Sagrado Coração de Jesus (que será no dia 15 de junho de 2012) celebraremos, como de costume, a “ Jornada Mundial de Oração pela Santificação do Clero”.
                    A expressão da Escritura, «esta é a vontade de Deus: a vossa santificação !» (1Ts 4,3), mesmo que dirigida a todos os cristãos, refere -se de modo particular a nós, sacerdotes, que respondemos não apenas ao convite de “santificar -nos”, mas também àquele de nos tornarmos “ministros da santificação” para os nossos irmãos.
                   Em nosso caso, esta “vontade de Deus”, por assim dizer, redobrou -se, multiplicou-se ao infinito, e isto de tal modo que podemos e devemos obedecê -la em cada ação ministerial que levamos a cabo.
                    Este é o nosso magnífico destino: não podemos santificar-nos sem trabalhar pela santificação dos nossos irmãos, e não podemos trabalhar pela santificação dos nossos irmãos sem que primeiro tenhamos trabalhado e ainda trabalhemos em nossa própria santificação.
                    Introduzindo a Igreja no novo milênio, o Beato João Paulo II nos recordava a normalidade deste “ideal de perfeição”, que deve ser oferecido desde o início a todos: «Perguntar a um catecúmeno: “Queres receber o Batismo?” significa ao mesmo tempo perguntar-lhe: “Queres fazer-te santo?”» (Beato JOÃO PAULO II, Carta Apostólica Novo millennio ineunte, 6 de janeiro de 2001, n. 31.)
                 Certamente, no dia da nossa Ordenação Sacerdotal, esta mesma pergunta batismal ressoou novamente em nosso coração, solicitando ainda a nossa resposta pessoal; mas esta nos foi feita, também, para que soubéssemos transmiti -la aos nossos fiéis, conservando-lhe a beleza e a preciosidade.
                      Esta persuasão não é desmentida pela consciência das nossas pessoais inadimplências, e muito menos pelas culpas daqueles que, em certas ocasiões, humilharam o sacerdócio aos olhos do mundo.
                     Com a distância de dez anos – considerando os ulteriores agravamentos das notícias difundidas – devemos fazer ressoar ainda em nosso coração, com maior força e urgência, as palavras que João Paulo II nos dirigiu na Quinta -feira Santa do ano de 2002:
                     «Neste momento nós, sacerdotes, temos sido pessoal e profundamente perturbados pelos pecados de alguns irmãos nossos que atraiçoaram a graça recebida na Ordenação, chegando a ceder às piores manifestações do mysterium iniquitatis que atua no mundo. Originaram-se assim escândalos graves, com a consequência duma pesada sombra de suspeita lançada sobre os restantes sacerdotes benfazejos, que
desempenham o seu ministério com honestidade, coerência e até caridade heróica. Enquanto a Igreja manifesta a sua solicitude pelas vítimas e procura dar resposta, segundo verdade e justiça, a cada penosa situação, todos nós - cientes da fraqueza humana, mas confiando na força sanante da graça divina - somos chamados a abraçar o “mysterium Crucis” e empenhar-nos ainda mais na busca da santidade. Devemos rezar a Deus para que, na sua providência, suscite nos corações um generoso ressurgimento daqueles ideais de total doação a Cristo que estão na base do ministério sacerdotal» (IDEM, Carta aos sacerdotes por ocasião da Quinta -feira Santa de 2002)
Como ministros da misericórdia de Deus, nós sabemos, por isso, que a busca da santidade pode recomeçar sempre através do arrependimento e do perdão. Todavia, sentimos também a necessidade de pedi -lo individualmente, como sacerdotes, em nome de todos os sacerdotes e por todos os sacerdotes. (CONGREGAÇÃO PARA O CLERO, O sacerdote ministro da Misericórdia Divina. Subsídio para os Confessores e Diretores espirituais, 9 de março de 2011, 14-18; 74-76; 110-116 (sacerdote como penitente e discípulo espiritual).
         A nossa confiança é ulteriormente reforçada pelo convite que a própria Igreja nos dirige de ultrapassarmos novamente a Porta fidei, acompanhando todos os nossos fiéis.
Sabemos que este é o título da Carta Apostólica com a qual o Santo Padre Bento XVI convocou o Ano da Fé, que iniciará proximamente, em 12 de outubro de 2012.
           Uma reflexão sobre as circunstâncias deste convite pode nos ajudar.
          Este se coloca no cinquentésimo aniversário da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II (11 de outubro de 1962) e no vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica (11 de outubro de 1992). Além disso, para o mês de outubro de 2012, foi convocada a Assembléia Geral do Sínodo dos Bispos sobre o tema da Nova Evangelização para a transmissão da fé cristã.
         Nos será pedido, então, de trabalhar profundamente sobre cada um destes “capítulos”:
- sobre o Concílio Vaticano II, para que seja novamente acolhido como «grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX »: «uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa», «uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja» (S.S. BENTO XVI, Carta Apostólica sob a forma de Motu Proprio Porta fidei, 11 de outubro de 2011, n. 5.);
- sobre o Catecismo da Igreja Católica , para que seja verdadeiramente acolhido e utilizado como «norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial» (Ibidem, n. 11.);
- sobre a preparação do próximo Sínodo dos bispos, para que seja verdadeiramente « uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé» (Ibidem, n. 5.)
Por ora, como introdução de todo este trabalho, podemos meditar brevemente sobre esta indicação do Pontífice, para a qual tudo converge:
            «É o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé» (Ibidem, n. 7.)
          “Todos os homens de todas as gerações ”, “todos os povos da terra”, “nova evangelização”: diante deste horizonte tão universal, sobretudo nós sacerdotes devemos perguntar-nos como e onde estas afirmações podem coligar -se e ter consistência.
          Podemos, então, começar recordando como o Catecismo da Igreja Católica se abre já com um abraço universal, reconhecendo que «o homem é “capaz” de Deus» (Primeira Seção. Capítulo I.); mas o faz escolhendo – como sua primeira citação – este texto do Concílio Ecumênico Vaticano II:
          «A razão mais sublime (“eximia ratio”) da dignidade humana consiste na sua vocação à comunhão com Deus. Desde o começo da sua existência, o homem é convidado a dialogar com Deus: pois se existe, é só porque, criado por Deus por amor (“ex amore”), é por Ele, e por amor (“ex amore”), constantemente conservado: nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e
não se entregar ao seu Criador (“hanc intimam ac vitalem coniunctionem cum Deo”)»( CONCÍLIO VATICANO II, Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual Gaudium et Spes, 7 de dezembro de 1965, n. 19 e Catecismo da Igreja Católica, n. 27.)
          Como esquecer que, com o texto que acabamos de citar – propriamente mediante a riqueza das formulações escolhidas – os Padres conciliares tinham a intenção de dirigir-se diretamente aos ateus, afirmando a imensa dignidade da vocação da qual eles se tinham afastado já enquanto seres humanos? E o faziam com as mesmas palavras que servem para descrever a experiência cristã, no nível máximo
de sua intensidade mística!
         Também a Carta Apostólica Porta Fidei começa afirmando que esta «introduz na vida de comunhão com Deus», o que significa que esta nos permite imergir -nos diretamente no mistério central da fé que devemos professar: « Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor »( S.S. BENTO XVI, Carta Apostólica sob a forma de Motu Proprio Porta fidei, n. 1.).
        Tudo isso deve ressoar particularmente em nosso coração e na nossa inteligência, para tornar-nos conscientes de qual seja atualmente o drama mais grave dos nossos tempos.
As nações já cristianizadas não são mais tentadas a cair num genérico ateísmo (como no passado), mas correm o risco de serem vítimas daquele particular ateísmo que consiste em esquecer a beleza e o calor da Revelação Trinitária.
       Hoje, são sobretudo os sacerdotes que, em sua adoração quotidiana e em seu quotidiano ministério, devem reconduzir tudo àComunhão Trinitária: somente a partir desta e imergindo-se nessa os fiéis podem descobrir realmente a Face do Filho de Deus e a suacontemporaneidade, e podem verdadeiramente atingir o coração de cada homem e a pátria à qual todos são chamados. E, apenas assim, nós sacerdotes podemos oferecer novamente aos homens de hoje a dignidade de ser pessoa, o sentido das relações humanas e da vida social, e o objetivo de toda a criação.
        “Crer em um só Deus que é Amor”: nenhuma nova evangelização será realmente possível se nós cristãos não estivermos em condições de impactar e comover novamente o mundo com o anúncio da Natureza de Amor do Nosso Deus, nas Três Pessoas Divinas, que a exprimem e que nos envolvem em sua própria vida.
      O mundo de hoje, com as suas lacerações sempre mais dolorosas e preocupantes, precisa do Deus-Trindade, e anunciá-lo é tarefa da Igreja.
        A Igreja, para poder executar esta tarefa, deve permanecer indissoluvelmente abraçada a Cristo e não deixar-se nunca separar dele: necessita de Santos que morem “no coração de Jesus” e sejam testemunhas felizes do Amor Trinitário de Deus.
E os Sacerdotes, para servirem a Igreja e o Mundo, precisam ser Santos!
Vaticano, 26 de março de 2012
Solenidade da Anunciação da B.V.M.
Mauro Card. Piacenza
Prefeito
Celso Morga Iruzubieta
Arcebispo titular de Alba Marittima
Secretário

24 de abr. de 2012

Espiritualidade


SACERDOTE - "CONSAGRADOS NA VERDADE"


HOMILIA DO PAPA BENTO XVI
Basílica Vaticana
Quinta-feira Santa, 5 de Abril de 2012

 
Amados irmãos e irmãs!

Nesta Santa Missa, o nosso pensamento volta àquela hora em que o Bispo, através da imposição das mãos e da oração consacratória, nos integrou no sacerdócio de Jesus Cristo, para sermos «consagrados na verdade» (Jo 17, 19), como Jesus pediu ao Pai na sua Oração Sacerdotal. Ele mesmo é a Verdade. Consagrou-nos, isto é, entregou-nos para sempre a Deus, a fim de que, a partir de Deus e em vista d’Ele, pudéssemos servir os homens. Mas somos também consagrados na realidade da nossa vida? Somos homens que actuam a partir de Deus e em comunhão com Jesus Cristo? Com esta pergunta, o Senhor está diante de nós, e nós diante d’Ele. «Quereis viver mais intimamente unidos a Cristo e configurar-vos com Ele, renunciando a vós mesmos e permanecendo fiéis aos compromissos que, por amor de Cristo e da sua Igreja, aceitastes alegremente no dia da vossa Ordenação Sacerdotal?» Tal é a pergunta que, depois desta homilia, será dirigida singularmente a cada um de vós e a mim mesmo. Nela, são pedidas sobretudo duas coisas: uma união íntima, mais ainda, uma configuração a Cristo e, condição necessária para isso mesmo, uma superação de nós mesmos, uma renúncia àquilo que é exclusivamente nosso, à tão falada auto-realização. É-nos pedido que não reivindique a minha vida para mim mesmo, mas a coloque à disposição de outrem: de Cristo. Que não pergunte: Que ganho eu com isso? Mas sim: Que posso eu doar a Ele e, por Ele, aos outros? Ou mais concretamente ainda: Como se deve realizar esta configuração a Cristo, que não domina mas serve, não toma mas dá. Como se deve realizar na situação tantas vezes dramática da Igreja de hoje? Recentemente, num país europeu, um grupo de sacerdotes publicou um apelo à desobediência, referindo ao mesmo tempo também exemplos concretos de como exprimir esta desobediência, que deveria ignorar até mesmo decisões definitivas do Magistério, como, por exemplo, na questão relativa à Ordenação das mulheres, a propósito da qual o beato Papa João Paulo II declarou de maneira irrevogável que a Igreja não recebeu, da parte do Senhor, qualquer autorização para o fazer. Será a desobediência um caminho para renovar a Igreja? Queremos dar crédito aos autores deste apelo quando dizem que é a solicitude pela Igreja que os move, quando afirmam estar convencidos de que se deve enfrentar a lentidão das Instituições com meios drásticos para abrir novos caminhos, para colocar a Igreja à altura dos tempos de hoje. Mas será verdadeiramente um caminho a desobediência? Nela pode-se intuir algo daquela configuração a Cristo que é o pressuposto para toda a verdadeira renovação, ou, pelo contrário, não é apenas um impulso desesperado de fazer qualquer coisa, de transformar a Igreja segundo os nossos desejos e as nossas ideias?

Mas o problema não é assim tão simples. Porventura Cristo não corrigiu as tradições humanas que ameaçavam sufocar a palavra e a vontade de Deus? É verdade que o fez, mas para despertar novamente a obediência à verdadeira vontade de Deus, à sua palavra sempre válida. O que Ele tinha a peito era precisamente a verdadeira obediência, contra o arbítrio do homem. E não esqueçamos que Ele era o Filho, com a singular autoridade e responsabilidade de desvendar a autêntica vontade de Deus, para deste modo abrir a estrada da palavra de Deus rumo ao mundo dos gentios. E, por fim, Ele concretizou o seu mandato através da sua própria obediência e humildade até à Cruz, tornando assim credível a sua missão. Não se faça a minha vontade, mas a tua: esta é a palavra que revela o Filho, a sua humildade e conjuntamente a sua divindade, e nos indica a estrada.

Deixemo-nos interpelar por mais uma questão: Não será que, com tais considerações, o que na realidade se defende é o imobilismo, a rigidez da tradição? Não! Quem observa a história do período pós-conciliar pode reconhecer a dinâmica da verdadeira renovação, que frequentemente assumiu formas inesperadas em movimentos cheios de vida e que tornam quase palpável a vivacidade inexaurível da santa Igreja, a presença e a acção eficaz do Espírito Santo. E se olharmos para as pessoas de quem dimanaram, e dimanam, estes rios pujantes de vida, vemos também que, para uma nova fecundidade, se requer o transbordar da alegria da fé, a radicalidade da obediência, a dinâmica da esperança e a força do amor.

Queridos amigos, daqui se vê claramente que a configuração a Cristo é o pressuposto e a base de toda a renovação. Mas talvez a figura de Cristo nos apareça por vezes demasiado alta e grande para podermos ousar tomar as suas medidas. O Senhor sabe-o. Por isso providenciou «traduções» em ordens de grandeza mais acessíveis e próximas de nós. Precisamente por este motivo, São Paulo resolutamente diz às suas comunidades: Imitai-me, mas eu pertenço a Cristo. Ele era para os seus fiéis uma «tradução» do estilo de vida de Cristo, que eles podiam ver e à qual podiam aderir. A partir de Paulo e ao longo de toda a história, existiram continuamente tais «traduções» do caminho de Jesus em figuras históricas vivas. Nós, sacerdotes, podemos pensar numa série imensa de sacerdotes santos que vão à nossa frente para nos apontar a estrada, a começar por Policarpo de Esmirna e Inácio de Antioquia, passando por grandes Pastores como Ambrósio, Agostinho e Gregório Magno, depois Inácio de Loiola, Carlos Borromeu, João Maria Vianney, até chegar aos sacerdotes mártires do século XX e, finalmente, ao Papa João Paulo II, que, na acção e no sofrimento, nos serviu de exemplo na configuração a Cristo, como «dom e mistério». Os Santos indicam-nos como funciona a renovação e como podemos servi-la. E fazem-nos compreender também que Deus não olha para os grandes números nem para os êxitos exteriores, mas consegue as suas vitórias sob o sinal humilde do grão de mostarda.

Queridos amigos, queria ainda, brevemente, acenar a duas palavras-chave da renovação das promessas sacerdotais, que deveriam induzir-nos a reflectir nesta hora da Igreja e da nossa vida pessoal. Em primeiro lugar, é-nos recordado o facto de sermos – como se exprime Paulo - «dispensadores dos mistérios de Deus» (1 Cor 4, 1) e que nos incumbe o ministério de ensinar, o (munus docendi), que constitui precisamente uma parte desta distribuição dos mistérios de Deus, onde Ele nos mostra o seu rosto e o seu coração, para Se dar a Si mesmo. No encontro dos Cardeais por ocasião do recente Consistório, diversos Pastores, baseando-se na sua experiência, falaram dum analfabetismo religioso que cresce no meio desta nossa sociedade tão inteligente. Os elementos fundamentais da fé, que no passado toda e qualquer criança sabia, são cada vez menos conhecidos. Mas, para se poder viver e amar a nossa fé, para se poder amar a Deus e, consequentemente, tornar-se capaz de O ouvir correctamente, devemos saber aquilo que Deus nos disse; a nossa razão e o nosso coração devem ser tocados pela sua palavra. O Ano da Fé, a comemoração da abertura do Concílio Vaticano II há 50 anos, deve ser uma ocasião para anunciarmos a mensagem da fé com novo zelo e nova alegria. Esta mensagem, na sua forma fundamental e primária, encontramo-la naturalmente na Sagrada Escritura, que não leremos nem meditaremos jamais suficientemente. Nisto, porém, todos sentimos necessidade de um auxílio para a transmitir rectamente no presente, de modo que toque verdadeiramente o nosso coração. Este auxílio encontramo-lo, em primeiro lugar, na palavra da Igreja docente: os textos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica são os instrumentos essenciais que nos indicam, de maneira autêntica, aquilo que a Igreja acredita a partir da Palavra de Deus. E naturalmente faz parte de tal auxílio todo o tesouro dos documentos que o Papa João Paulo II nos deu e que está ainda longe de ser cabalmente explorado.

Todo o nosso anúncio se deve confrontar com esta palavra de Jesus Cristo: «A minha doutrina não é minha» (Jo 7, 16). Não anunciamos teorias nem opiniões privadas, mas a fé da Igreja da qual somos servidores. Isto, porém, não deve naturalmente significar que eu não sustente esta doutrina com todo o meu ser e não esteja firmemente ancorado nela. Neste contexto, sempre me vem à mente o seguinte texto de Santo Agostinho: Que há de mais meu do que eu próprio? E no entanto que há de menos meu do que o sou eu mesmo? Não me pertenço a mim próprio e torno-me eu mesmo precisamente pelo facto de me ultrapassar a mim próprio e é através da superação de mim próprio que consigo inserir-me em Cristo e no seu Corpo que é a Igreja. Se não nos anunciamos a nós mesmos e se, intimamente, nos tornamos um só com Aquele que nos chamou para sermos seus mensageiros de tal modo que sejamos plasmados pela fé e a vivamos, então a nossa pregação será credível. Não faço publicidade de mim mesmo, mas dou-me a mim mesmo. Como sabemos, o Cura d’Ars não era um erudito, um intelectual. Mas, com o seu anúncio, tocou os corações das pessoas, porque ele mesmo fora tocado no coração.

A última palavra-chave, a que ainda queria aludir, designa-se zelo das almas (animarum zelus). É uma expressão fora de moda, que hoje já quase não se usa. Nalguns ambientes, o termo «alma» é até considerado como palavra proibida, porque – diz-se – exprimiria um dualismo entre corpo e alma, cometendo o erro de dividir o homem. Certamente o homem é uma unidade, destinada com corpo e alma à eternidade. Mas isso não pode significar que já não temos uma alma, um princípio constitutivo que garante a unidade do homem durante a sua vida e para além da sua morte terrena. E, enquanto sacerdotes, preocupamo-nos naturalmente com o homem inteiro, incluindo precisamente as suas necessidades físicas: com os famintos, os doentes, os sem-abrigo; contudo, não nos preocupamos apenas com o corpo, mas também com as necessidades da alma do homem: com as pessoas que sofrem devido à violação do direito ou por um amor desfeito; com as pessoas que, relativamente à verdade, se encontram na escuridão; que sofrem por falta de verdade e de amor. Preocupamo-nos com a salvação dos homens em corpo e alma. E, enquanto sacerdotes de Jesus Cristo, fazemo-lo com zelo. As pessoas não devem jamais ter a sensação de que o nosso horário de trabalho cumprimo-lo conscienciosamente, mas antes e depois pertencemo-nos apenas a nós mesmos. Um sacerdote nunca se pertence a si mesmo. As pessoas devem notar o nosso zelo, através do qual testemunhamos de modo credível o Evangelho de Jesus Cristo. Peçamos ao Senhor que nos encha com a alegria da sua mensagem, a fim de podermos servir, com jubiloso zelo, a sua verdade e o seu amor. Amen.

Fonte: www.vatican.va