30 de jan. de 2011

Matéria

Vocações na Igreja

            Caríssimos irmãos e irmãs, tempos atrás, o Papa Bento XVI inaugurava o Ano Sacerdotal, ressaltando a figura de São João Maria Vianney, Santo Patrono de todos os Párocos do mundo. A intenção do Papa foi a de fomentar a renovação interior de todos os sacerdotes para um testemunho evangélico mais vigoroso e incisivo.
            Podemos seguramente tomar esta intenção do Papa para todas as vocações. Falar de Vocações hoje é sempre propício, pois Deus, desde a criação do mundo chama e convoca para si pessoas para que sejam colaboradoras e instrumento de sua vontade. É assim que Deus pensa em nós. Tomos somos chamados por Deus. Sobre isto é que agora vamos refletir.
            João Paulo II dirigindo algumas palavras sobre o tema vocação, assim se expressou: “antes da criação do mundo, antes do nosso existir, o Pai celeste escolheu-nos pessoalmente e nos chamou para estar em relação filial com ele, por intermédio de Jesus, Verbo encarnado, sob a luz do Espírito Santo."
E foi o próprio Jesus que nos introduziu neste mistério do amor totalmente envolvente do Pai. A primeira criação, ferida pelo pecado, é resgata por Cristo, por meio de seu sangue derramado na Cruz. Somos Nele novas criaturas, nova criação. E  é nesta certeza que temos que nos esforçar por sermos santos. Esta é a nossa primeira vocação: “Sede santos, como vosso Pai do Céu é santo”. Vocação esta que está intimamente ligada a nossa adoção filial por parte de Deus. Sem este norte em nossas vidas, qualquer escolha que fizermos e que determinará nossas vidas, ficará sem sentido. Tudo o que fizermos deverá contribuir para a nossa santificação e as dos outros. Quer assumindo uma vocação de especial consagração na vida da Igreja, quer sendo presença dela no mundo nas variedades das profições, é à santidade que somos chamados.
Tudo isso, na verdade é um dom que confunde qualquer idéia e projeto exclusivamente humano. A confissão da verdadeira fé abre as mentes e os corações ao inesgotável mistério de Deus, que permeia a existência humana. A existência humana está totalmente dependente de Deus. E o grande perigo que encontramos hoje é fingir que Deus não existe e que sua santa vontada não incide sobre nós. Isso é tentar contra Deus. É um verdadeiro engano. Quem quer caminhar na vida longe de Deus, não viverá a vida, mas passará pela vida, sem compreender o quão grande é o amor de Deus por nós.
Para responder ao chamado de Deus, e ajudá-lo a construir o Reino, não é necessário ser perfeito. Basta lembrar que foi a consciência do próprio pecado que permitiu ao filho pródigo retomar o caminho e experimentar a alegria da reconciliação com o Pai. É preciso abrir o coração e deixar-se envolver pela graça de Deus que exigirá de nossa parte uma constante conversão. Ele mesmo foi ao encontro dos doze discípulos para que fossem intímos colaboradores de sua missão. Olhou a cada coração e apostou em suas qualidades. Formando uma comunidade, os discípulos foram educados no amor pelo seu Mestre para que pudessem, depois de sua Acensão e na força do Espírito, cumprir seu mandato de a todos fazer filhos de Deus, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
No mistério da Igreja, Corpo místico de Cristo, o poder divino do amor transforma o coração do ser humano, tornando-o capaz de comunicar o amor de Deus aos irmãos. Já na beira do mar da Galiléia, muitos se deixaram conquistar por Jesus: estavam procurando a cura do corpo ou do espírito e foram tocados pela potência de sua graça. Outros foram escolhidos pessoalmente por ele e se tornaram seus apóstolos. Encontramos também pessoas, como Maria Madalena e outras mulheres, que o seguiram por iniciativa própria, simplesmente por amor. Estes homens e estas mulheres, que conheceram por intermédio de Jesus o mistério do amor do Pai, representam as múltiplas vocações sempre presentes na Igreja. Um modelo de chamado a testemunhar de maneira particular o amor de Deus é Maria, a Mãe de Jesus, diretamente associada, em sua peregrinação de fé, ao mistério da Encarnação e da Redenção.
            O Concílio Vaticano II colocou em evidência o universal chamado à santidade, afirmando que "os seguidores de Cristo são chamados por Deus não por suas obras, mas segundo seu desígnio e sua graça. Eles são justificados no Senhor Jesus porquanto pelo batismo da fé se tornaram verdadeiramente filhos de Deus e participantes da natureza divina e, portanto, realmente santos" (Lumen Gentium, 40).
            Na dinâmica deste chamado universal, Cristo, Sumo Sacerdote, em seu zelo pela Igreja, chama, pois, em cada geração, pessoas que cuidem de seu povo; em particular, chama ao ministério sacerdotal homens que exercitem uma função paterna, originária da própria paternidade de Deus (cf. Ef 3,14).
            A Exortação Apostólica "Pastores dabo vobis", em seu número 16, afirma: "O relacionamento do sacerdote com Jesus Cristo e nele com a sua Igreja, situa-se no próprio ser do presbítero, em virtude da sua consagração/unção sacramental, e no seu agir, isto é, na sua missão ou ministério. Em particular, o sacerdote ministro é servo de Cristo presente na Igreja mistério, comunhão e missão".
            E continua: "Pelo fato de participar da unção e da missão de Cristo, ele pode prolongar na Igreja a sua oração, a sua palavra, o seu sacrifício e a sua ação salvífica. É, portanto, servidor da Igreja mistério porque atua os sinais eclesiais e sacramentais da presença de Cristo ressuscitado".
            Uma outra vocação especial, que ocupa lugar de honra na Igreja, é o chamado à vida consagrada. Sob o exemplo de Maria de Betânia, que, "sentada aos pés do Senhor, escutava a sua palavra" (Lc 10,39), muitos homens e mulheres se consagram a um seguimento total e exclusivo de Cristo.
            Estes, mesmo desenvolvendo diversos serviços no campo da formação humana, no ensino ou na assistência aos doentes, não consideram estas atividades como o objetivo principal de suas vidas, porque, como bem destaca o Código de Direito Canônico, "a contemplação das coisas divinas e a união com Deus pela oração assídua seja o primeiro e principal dever de todos os religiosos" (Cân. 663 §1). E na Exortação Apostólica "Vida Consagrada", João Paulo II anotava: "Na tradição da Igreja, a profissão religiosa é considerada como um singular e fecundo aprofundamento da consagração batismal, visto que nela a união íntima com Cristo, já inaugurada no Batismo, evolui para o dom de uma conformação expressa e realizada, mais perfeitamente, através da profissão dos conselhos evangélicos" (n. 30).
            Outros são chamados a viver a união entre homem e mulher pelo sacramento do matrimônio. É preciso enfatizar que os casados também são consagrados ao Senhor. São chamados a serem colaboradores do Senhor, sobretudo no que se refere à geração dos filhos. Constituem uma família, célula viva e vital para a Igreja. Assumindo esta vocação, estão imersos nos fazeres civis, nos trabalhos temporais, e nestes trabalhos, sejam quais for, desde o médico, ao padeiro, do professor ao gari, devem dar testemunho fiel de seu amor a Cristo e à Igreja.
            Por fim toda vocação deve perseguir a união com Cristo e a abertura ao mistério da graça que opera no coração dos que crêem. Desta forma, todos são chamados a "cultivar uma íntima relação com Cristo, Mestre e Pastor de seu povo, imitando Maria, que guardava com ânimo os divinos mistérios e os meditava assiduamente (cf. Lc 2,20)". A segurança de nossa felicidade está em cumprir a vontade de Deus.


Fonte:
Foto disponível em: jesuscristoanunciandoaboanova.blogspot.com  Acesso em
Este texto teve como base o Suplemento da Revista Rogate – Revista Vocacional  n° 241)

Espiritualidade

Formação
            Cristo foi obediente até a morte de Cruz. (Cf. Fl 2,8)

Franc Card. Rodé, até então Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, lançou, na Solenidade de Pentecostes de 2008, uma Instrução denominada O Serviço da Autoridade e a Obediência, dirigida a todas as comunidades religiosas e para aqueles que mesmo não pertencendo a um Instituto de Vida Consagrada e nem a uma Sociedade de Vida Apostólica, são chamados à obediência a seus legítimos pastores. Aqui se encontram alguns pontos desta bela reflexão:

Aprender a obediência no cotidiano
10. Pode acontecer, portanto, que a pessoa consagrada tenha de “aprender a obediência” também a partir do sofrimento, ou pelo menos de certas situações particulares e difíceis: quando lhe é pedido, por exemplo, que deixe alguns projetos e idéias pessoais, que renuncie à pretensão de administrar sozinha a vida e a missão; ou todas as vezes em que o que é pedido (ou quem o pede) revela-se humanamente pouco convincente. Quem se encontra em tais situações não esqueça, então, que a mediação é, por sua mesma natureza, limitada e inferior àquela realidade à qual remete, e tanto mais o é em se tratando da mediação humana em relação à vontade divina; mas lembre-se igualmente, toda vez em que se defrontar com uma ordem legitimamente emanada, de que o Senhor pede que obedeça à autoridade que o representa naquele momento 17 e que Cristo também « aprendeu a obediência por aquilo que sofreu » (Hb 5,8).
A propósito, é oportuno recordar as palavras de Paulo VI: « Deveis, pois, experimentar nalguma medida o peso que atraía o Senhor para a cruz, esse “batismo em que devia ser batizado” e onde se acenderia aquele fogo que vos inflama a vós também (cf. Lc 12, 49-50); experimentar algo daquela “loucura” que São Paulo deseja a todos nós, porque só ela nos torna sapientes (cf. 1Cor 3,18-19). Que a cruz seja para vós, a prova do maior amor, como o foi para Cristo. Não existe, acaso, uma relação misteriosa entre a renúncia e a alegria, entre o sacrifício e a expansão do coração, entre a disciplina e a liberdade espiritual? ».18
Precisamente nestes casos sofridos é que a pessoa consagrada aprende a obedecer ao Senhor (cf. Sl 118,71), a escutá-lo e a aderir somente a Ele, na espera, paciente e cheia de esperança, da sua Palavra reveladora (cf. Sl 118,81), na disponibilidade plena e generosa de cumprir a sua vontade e não a própria (cf. Lc 22,42).
Na luz e na força do Espírito
11. Adere-se, pois, ao Senhor quando se descobre a Sua presença nas mediações humanas, especialmente na Regra, nos superiores, na comunidade,19 nos sinais dos tempos, na expectativa do povo, sobretudo dos pobres; quando se tem a coragem de lançar as redes na força « da sua palavra » (cf. Lc 5,5) e não de motivações humanas apenas; quando se escolhe obedecer não somente a Deus, mas inclusive aos homens, todavia, em qualquer caso, por Deus e não pelos homens. Escreve Santo Inácio de Loyola nas suas Constituições: « A verdadeira obediência não considera aquele a quem é prestada, mas sim aquele por quem se obedece; e se obedece só por nosso Criador e Senhor, é ao mesmo Senhor de todos que se obedece ».20
Se, nos momentos difíceis, quem foi chamado a obedecer pedirá com insistência ao Pai o dom do Espírito (cf. Lc 11,13), Ele o dará, e o Espírito dará luz e força para que seja obediente e fará com que conheça a verdade e a verdade o tornará livre (cf. Jo 8,32).
O próprio Jesus, em sua humanidade, foi conduzido pela ação do Espírito Santo: concebido no seio da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, no início de sua missão, no batismo, recebe o Espírito que desce sobre Ele e o guia; ressuscitado, derrama o Espírito sobre seus discípulos a fim de que entrem em sua própria missão, anunciando a salvação e o perdão por Ele merecido. O Espírito que ungiu Jesus é o mesmo que pode fazer a nossa liberdade semelhante à de Jesus, perfeitamente conforme à vontade de Deus.21
É indispensável, portanto, que cada um se faça disponível ao Espírito, a começar pelos superiores, que precisamente do Espírito é que recebem a autoridade 22 e, « dóceis à vontade de Deus »,23 sob a sua guia a devem exercer.
Autoridade a serviço da obediência à vontade de Deus
12. Na vida consagrada, cada um tem que buscar com sinceridade a vontade do Pai pois, de outra forma, a própria razão de sua opção de vida se seria afetada; mas é igualmente importante levar adiante tal busca em companhia dos irmãos ou irmãs, já que é precisamente esta busca que une, que “constitui família unida a Cristo”.
A autoridade está a serviço desta busca, para que ela ocorra na sinceridade e na verdade. Na homilia de início do ministério petrino, Bento XVI afirmou significativamente: « O meu verdadeiro programa de governo é de não fazer a minha vontade, não perseguir as minhas idéias, mas pondo-me contudo à escuta, com a Igreja inteira, da palavra e da vontade do Senhor e deixar-me guiar por Ele, de forma que seja Ele mesmo quem guia a Igreja nesta hora da nossa história ».24 Reconheça-se, por outro lado, que a tarefa de ser guia de outros não é fácil, principalmente quando o sentido de autonomia pessoal é excessivo ou gerador de conflitos e competitivo em relação aos outros. É mister aguçar, da parte de todos, o olhar da fé diante desta tarefa, a qual deve ser inspirada na atitude de Jesus, servo que lava os pés de seus apóstolos para que estes tenham parte em sua vida e em seu amor (cf Jo 13,1-17).
Exige-se uma grande coerência da parte de quem guia os Institutos, as províncias (ou outras circunscrições do Instituto) e as comunidades. A pessoa chamada a exercer a autoridade deve saber que somente o poderá fazer se ela mesma, em primeiro lugar, empreender aquela peregrinação que leva a buscar, com intensidade e retidão, a vontade de Deus. Vale para ela o conselho que dava santo Inácio de Antioquia a um confrade seu no episcopado: « Nada se faça sem o teu consentimento, mas tu nada faças sem o consentimento de Deus ».25 A autoridade há de agir em modo tal que os irmãos ou as irmãs possam perceber que ela, quando ordena, o faz unicamente para obedecer a Deus.
A veneração pela vontade de Deus mantém a autoridade num estado de humilde busca, a fim de fazer com que o seu agir seja o mais conforme possível àquela santa vontade. Santo Agostinho recorda que quem obedece cumpre sempre a vontade de Deus, não porque a ordem da autoridade esteja necessariamente em conformidade com a vontade divina, mas porque é vontade de Deus que se obedeça a quem preside.26 A autoridade, porém, por sua vez, deve procurar assiduamente, com o auxílio da oração, da reflexão e do conselho de outros, aquilo que Deus verdadeiramente quer. Do contrário, o superior ou a superiora, em vez de representar a Deus, correm o risco de pôr-se temerariamente no seu lugar.
No intento de fazer a vontade de Deus, autoridade e obediência não são, portanto, duas realidades diferentes nem, muito menos, contrapostas, mas duas dimensões da mesma realidade evangélica, do mesmo mistério cristão, dois modos complementares de participar da mesma oblação de Cristo. Autoridade e obediência acham-se personificadas em Jesus: por isso, devem ser entendidas em relação direta com Ele e em configuração real com Ele. A vida consagrada tem como objetivo viver simplesmente a sua Autoridade e a sua Obediência.

Foto disponível em: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://laravazz.files.wordpress.com/2010/01/diante_da_cruz.jpg&imgrefurl=http://laravazz.wordpress.com/2010/01
Texto completo disponível em:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccscrlife/documents/rc_con_ccscrlife_doc_20080511_autorita-obbedienza_po.html

27 de jan. de 2011

Carta da Congregação do Clero para os Sacerdotes

          "Fortalecer o zelo apostólico e missionário dos sacerdotes." Este é o objetivo da carta pastoral publicada, na segunda-feira, 24, pela Congregação para o Clero intitulada: "A identidade missionária do presbítero na Igreja como dimensão intrínseca do exercício do tríplice múnus”.
         "A carta retoma e relança o tema da última Assembleia Plenária do organismo vaticano, realizada em março de 2009, e aprofunda as questões atuais importantes para a vida da Igreja", destacou o prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Mauro Piacenza, no jornal L’Osservatore Romano.
          "A Igreja peregrina é por sua natureza missionária", ressalta dom Mauro, lembrando que o Concílio Vaticano II, seguindo a tradição, reitera a missionariedade da Igreja.
          A carta frisa ainda a necessidade universal de um renovado compromisso missionário. "A missão se realiza e é eficaz lá onde vive, reza, sofre e trabalha um autêntico discípulo de Cristo. Espero que essa carta possa enriquecer o cotidiano compromisso missionário dos sacerdotes, na consciência de que tal compromisso depende do acolhimento na oração da obra do Espírito Santo em suas vidas", concluiu o cardeal Piacenza.

23 de jan. de 2011

Seminário São José recebe os jovens do Propedêutico

Os três jovens do Curso Propedêutico são aprovados
A palavra “propedêutico”, quer dizer “introdução”, uma das exigências naturais e indispensáveis para se entender, ou melhor, se aprofundar, naquilo que iremos iniciar. Como num livro, a introdução nos designa às prévias daquilo que será lido, e se não nos remete a qualidade e a garantia de uma boa leitura, ao menos nos concede um primeiro olhar sobre a obra. Tratando-se da vocação sacerdotal, uma “obra” tão sublime, este “primeiro olhar” estende-se de forma mais ampla e eficaz, tornando assim, o propedêutico, este tempo de discernimento em que experimentamos, mais profundamente, dos desafios e funções de um sacerdote, no dinamismo real de seu cotidiano e de sua paróquia.
Durante o ano de 2010, vivenciamos esta maravilhosa experiência, proporcionada àqueles que decidiram corresponder ao chamado de Deus para a vida sacerdotal. O curso propedêutico deu-nos a condição de caminharmos tranqüilos e otimistas, pois nos proveu deste tempo propício, para equilibramos em nós todas as necessidades e exigências que o chamado para esta vocação requer. Além da convivência com os padres, o que nos possibilitou a rica oportunidade de formar-nos de acordo com uma reta conduta de vida, provida pelos bons testemunhos de seus ministérios exercidos, convivemos também uns com os outros (éramos três), em meio as virtudes e defeitos de cada um, os quais, com este tempo de preparação, é claro, soubemos moldar, através da cumplicidade e compreensão que toda forma de “viver junto” deve  promover.
Assim como destacou o santo Padre o Papa Bento XVI, em seus pensamentos sobre o sacerdócio: “O seminário é isto: não tanto um lugar, mas exatamente um significativo tempo da vida de um discípulo de Jesus”, durante todo o ano recebemos uma ótima formação escolar e espiritual, através da grade de estudos propostas pelo curso, tão essenciais, em vista de um melhor preparo, tanto para o vestibular que nos promove ao ingresso da faculdade, quanto a um maior conhecimento da própria fé..  A clara necessidade de que os candidatos ao sacerdócio entrem para o seminário Maior com certa experiência, torna-se “indispensável frente às circunstâncias dos tempos atuais, quanto à maturidade humana, conhecimento doutrinal, sem se desprender da “raiz” pela qual começou a esforçar-se para encontrar Deus” (Cf; Exortação Apostólica Pós – Sinodal, “Pastores Dabo Vobis”)
Responder ao chamado de Deus é uma alegria muito grande, contagiante, eu diria. Na caminhada vocacional, vivemos um período precioso ao qual nos conduz à tomada de decisões, sobretudo seguras, à vontade de Deus. Sentimo-nos, inevitavelmente, envolvidos por um amor que nos impulsiona anunciar a todos quantos encontramos, “as maravilhas do Deus que nos salvou”. Somos tomados pela eficácia da doação, dados a Deus e ao povo. Responder ao chamado de Deus é ouvir Tua voz, e ainda que o “abandonar tudo” para segui-Lo, soe aos ouvidos com certo temor, como acontecera com o jovem rico, ainda que seja preciso “tomar a cruz” sobre si, para acompanhá-Lo, mesmo que “perder a vida” por Ele, seja, também condição; Será Nele que encontraremos o “tudo”; Será Nele que nosso jugo se tornará suave; Será Nele que encontraremos a Vida.
            Depois de vivermos esta experiência no Curso Propedêutico, prestamos vestibular para o Curso de Filosofia na Puc-Campinas sendo todos aprovados, vamos agora morar no Seminário São José, na cidade de Pedreira, junto com os outros seminaristas e o Pe. Tarlei, Reitor do Seminário.
Texto de Lucas Lastória

19 de jan. de 2011

Seminaristas.

Conheça alguns dos seminaristas do Seminário São José.

André Luiz Rossi
Nascido em 09 de Dezembro de 1984 em Mogi Mirim onde sua família ainda reside. Filho casula tem dois irmãos que são casados: Patrícia e Anderson. Seu pai José Roberto Rossi (falecido) e sua mãe Valquíria Sueli Pietrafesa Rossi. Durante o Ensino Médio fez pequenos cursos profissionalizantes como Serralheria Industrial, Informática e Contabilidade Básica. Trabalhou quatro anos numa empresa em Mogi Mirim chamada Baumer, sendo dois anos como “Guarda Mirim” e dois anos como auxiliar de PCP (Processo de Controle de Produção) saiu do trabalho no final do ano de 2004 para ingressar no curso propedêutico em 2005. É natural da Paróquia São José em Mogi Mirim, fez estágio pastoral na Paróquia Santo Antônio de Pádua em Santo Antônio de Posse em 2006, de 2007 a 2008 fez estágio pastoral na Paróquia Santo Antônio de Pádua de Pedreira, e de 2009 a 2010 fez estágio pastoral na Paróquia São Benedito de Itapira. A partir de 2011 seu estágio pastoral estará sendo realizado na Paróquia Sagrado Coração de Jesus em Jaguariúna.


Rafael Spagiari
Rafael Spagiari Giron, nascido em Amparo em 04/08/1989, filho de Silvana Ap. Spagiari Giron e José Osvaldo Giron Filho. Cursando o 2o ano de de Filosofia na Puc-Campinas. Realizou, durante o ano de 2010, estágio pastoral na Paróquia de São Francisco de Assis na cidade de Serra Negra. Atualmente faz pastoral na Paróquia Nossa Senhora do Amparo, em Amparo.




Gustavo Miranda
Gustavo Miranda da Silva, nascido em 04/03/1986, natural da cidade de Pedreira ingressou no curso propedêutico Sant’ana em 2007 sendo localizado na cidade de Amparo, tendo como coordenador do curso Pe. Francis Tadeu de Oliveira Mistrelli. Em 2008 ingressou no Seminário São José na cidade de Pedreira sendo seu reitor Pe. João Gonçalves. Iniciou a faculdade de filosofia na PUC-Campinas. Durante o ano de 2008 realizou estágio pastoral na Paróquia de São Judas Tadeu na cidade de Itapira com Pe. Charles Franco Perón, no ano de 2009 foi transferido para a cidade de Amparo no Distrito de Arcadas na Paróquia Nosso Senhora Aparecida tendo ficado 6 meses com o Pe. Adriano Broleze, por motivo dos estudos de doutorado do Pe. Adriano em Roma, Pe. Alexandre Pereira assumiu a Paróquia. Com o Pe. Alexandre Pereira realizou seu estágio pastoral até o final de 2010. Também desenvolve seus estágios pastorais auxiliando na pastoral vocacional da diocese de Amparo. Por final, neste ano de 2011 realizara seus estágios pastorais na cidade de Holambra pertencente à Paróquia Divino Espírito Santo com o Pe. Francisco Cocaign, ingressando também no curso de teologia da PUC-Campinas.


Nomeados os Diretores Espirituais do Seminário

Nomeados os Diretores Espirituais para o Seminário São José – Pedreira

            Dom Pedro Carlos Cipolini, Bispo Diocesano, pensando em prover todas as necessidades da formação presbiteral dos seminaristas, segundo o que prescreve o Código de Direito Canônico cân. 239 §2, nomeou o Revmº Pe. Pedro Maia Pastana, Diretor Espiritual dos seminaristas que cursam a Teologia e ao Revmº Pe. Sidney Wilson Basaglia, Diretor Espiritual dos seminaristas que cursam a Filosofia.
           

Segue pequena biografia de cada um deles:



Padre Pedro Maia Pastana.
Natural de Amparo - SP
Nascimento: 20/11/1956
Ordenação Sacerdotal em Amparo, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo: 27/11/1981
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças em Águas de Lindóia
Diretor Espiritual - Teologia


Pe. Sidney Wilson Basaglia
Natural de Guarulhos -SP
Nascimento: 19/03/1976
Ordenação Sacerdotal em Mogi Mirim, na Paróquia S. José, em 15/02/2003.
Administrador da Paróquia Santo Antônio em Santo Antônio de Posse
Vigário Forâneo da Forania Sant'Ana.
Diretor Espiritual - Filosofia.


            Os diretores espirituais são nomeados pelo Bispo Diocesano, primeiro responsável pela formação espiritual dos candidatos ao sacerdócio. Os Diretores, experimentados na oração da Igreja e conscientes do processo formativo, irão ajudar aos seminaristas no reto discernimento da vida vocacional, mediante a direção espiritual.
            Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal Pastores Dabo Vobis, o Papa João Paulo II afirma no parágrafo 45 que a formação humana dentro dos seminários completa-se por meio de uma sólida formação espiritual, entendida como um processo educativo de relação e comunicação com Deus. A formação espiritual radica na experiência da cruz e do mistério pascal para poder introduzir o vocacionado numa “profunda comunhão com Jesus Cristo, Bom Pastor; a uma submissão de toda a vida ao Espírito numa atitude filial com o Pai, e numa ligação fiel à Igreja. (Cf. PdV  § 45)
            Já o Decreto Optatam Totius, sobre a Formação Sacerdotal, do Concílio Vaticano II, expõe:
- vida espiritual aprofundada: a formação espiritual deve caminhar a par da formação doutrinal e pastoral graças ao diretor espiritual. Devendo ser consagrados pela sagrada ordenação com Cristo sacerdote, habituem-se  os alunos a unir-se a Ele, como amigos, em íntima comunhão de vida, mediante o empenho nos exercícios de piedade recomendados pelo venerando uso da Igreja e pela vivencia cotidiana do Evangelho; assim encontrão forças e defesa da sua vocação. (Cf. OT § 8)
- educar no sentido da Igreja e na obediência: os alunos penetrados no mistério da Igreja, unidos ao Vigário de Cristo por humildade e amor filial e, uma vez recebido o sacerdócio, estão ligados ao seu Bispo como fiéis cooperadores e colaboradores com os outros sacerdotes, devem dar testemunho da unidade e obediência. Os alunos devem entender que não são destinados às honras, mas ao serviço total de Deus e do ministério pastoral. (Cf. OT § 9)
- educar para a castidade: os alunos são chamados, segundo as santas e constantes leis do próprio rito, seguir a veneranda tradição do celibato sacerdotal, sendo preparados, com cuidado diligente, para assumir este estado, por amor do Reino dos Céus, renunciando à sociedade conjugal. (Cf. OT § 10)
- domínio de si: os alunos, por meio de uma devida maturidade humana, devem manifestar certa estabilidade de ânimo, na capacidade de tomar decisões ponderadas e no reto juízo sobre os homens e acontecimentos. Procurem dominar o próprio temperamento, cultivando fortaleza de ânimo, fidelidade às promessas, urbanidade no trato, a reserva e caridade no falar. Assim, toda disciplina no seminário deve ser tida não só como válida defesa da vida comum e da caridade, mas como parte necessária de toda formação para adquirir o domínio próprio, chegar à sólida maturidade e formar as disposições de espírito, que mais faz ser ordenada e frutuosa a atividade da Igreja. (Cf. OT § 11)

Referências

JOÃO PAULO II, Exortação Pós-Sinodal Pastores dabo Vobis. 1992
CONCÍLIO VATICANO II, Decreto Optatium Totius, sobre a Formação Sacerdotal, 1965.

Fotos:
Pe. Pedro Maia Pastana. Dispnível em: www.paroquiaaguasdelindoia.com.br.
Pe. Sidney Wilson Basaglia. Arquivo pessoal.

10 de jan. de 2011

Matéria: VERBUM DOMINI e as Vocações

A Exortação VERBUM DOMINI  e as Vocações

No dia 30 de setembro de 2010, memória de São Jerônimo, o Papa Bento XVI, lançou a Exortação Apostólica Pós-Sinodal VERBUM DOMINI, dirigida ao Episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos, sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Dotada da profundidade peculiar que marca os escritos do Papa, a referida Exortação está dividida em três capítulos: o primeiro aponta a Palavra como lócus da auto-comunicação de Deus ao ser humano e a exigência deste em responder a Deus que fala e se revela; o segundo mostra a relação da Palavra de Deus na vida e missão da Igreja, ressaltando a Liturgia como o lugar privilegiado do contado com a Palavra, e no terceiro capítulo encontra-se a explicitação da missão da Igreja que é a anunciar a Palavra de Deus, ao mesmo tempo em que ela deve ser interlocutora da relação da Palavra Deus com o mundo, com as diversas culturas e com o diálogo inter-religioso. Não sendo a pretensão fazer um completo estudo sobre a Exortação, vamos nos deter o que o Santo Padre fala sobre a Palavra de Deus e as vocações.
            É precisamente no capítulo segundo, VERBUM IN ECCLESIA, que se encontram as referencias da Palavra de Deus e sua relação às vocações, aos ministros ordenados, aos candidatos às Ordens Sacras, aos fiéis leigos e à família. Vejamos, resumidamente, cada uma delas:
Palavra de Deus e as vocações: A Palavra de Deus atrai a cada um em termos pessoais, revelando que a própria vida é vocação em relação a Deus e quanto mais se aprofunda esta relação mais se adquire consciência de que Ele nos chama à santidade, através de opções definitivas, assumindo funções e ministérios para edificar a Igreja (cf. VD § 77).
a) Palavra de Deus e Ministros Ordenados: O Sínodo afirmou que a “Palavra de Deus é indispensável para formar o coração de um bom ministro da Palavra”. Dessa forma os Bispos, presbíteros e diáconos não podem pensar em viver sua vocação e missão sem um decidido e renovado compromisso de santificação (cf. VD § 78). Quanto aos episcopos, primeiros anunciadores, eles são chamados a “nutrir e fazer crescer a vida espiritual” colocando em primeiro lugar a leitura e a meditação da Palavra de Deus. Assim, antes de serem transmissores da Palavra de Deus eles devem ser ouvintes da Palavra. (cf. VD § 79). No que se refere aos sacerdotes, eles são os ministros da Palavra de Deus, consagrados e enviados a anunciar a todos o Evangelho do Reino, por isso eles devem ser os primeiros cultivadores de uma familiaridade pessoal com a Palavra de Deus, não sendo suficiente apenas o conhecimento lingüístico ou exegético, devendo, assim, aproximar-se da Palavra de Deus com um coração dócil e orante, de modo que ela penetre no fundo dos seus corações como a “Verdade” (Jo 14,6) que é o próprio Cristo (cf. VD § 80). Já os Diáconos, servidores da Palavra de Deus, são chamados a incrementar uma leitura crente da Sagrada Escritura na própria vida com o estudo e a oração, podendo utilizar a Escritura na pregação, na catequese e na atividade pastoral (cf. VD § 81).
b) Palavra de Deus e candidatos às Ordens Sacras: estes devem amar a Palavra de Deus, de forma que a Escritura seja a alma de toda a formação teológica. Os seminaristas são chamados a uma relação pessoal e profunda com a Palavra de Deus, particularmente na lectio divina, pois é de tal relação que se alimenta a vocação. O estudo das Escrituras deve levar o candidato às Ordens Sacras a aumentar o seu desejo de conhecer cada vez mais a Deus que Se revelou na sua Palavra. (cf. VD § 82).
c) Palavra de Deus e vida consagrada: a vocação à vida consagrada nasce da escuta da Palavra de Deus e do acolhimento do Evangelho como norma de Vida. É, deste modo, que viver no seguimento de Cristo casto, pobre e obediente é uma “exegese” viva da Palavra de Deus. Todas as formas de especial consagração são chamadas a ser verdadeiras escolas de vida espiritual onde se lê as Escrituras segundo o Espírito na Igreja (cf. VD § 83).
d) Palavra de Deus e os fiéis leigos: Os leigos são os responsáveis por levar o Evangelho aos vários âmbitos da vida diária, como o trabalho, escola, família, educação. Responsabilidade oriunda do Batismo, os leigos devem procurar vida santa em meio às ocupações temporais. Dessa foram, eles precisam discernir a vontade de Deus para suas vidas por meio de uma familiaridade com a Palavra de Deus, lida e estudada na Igreja, sob guia dos legítimos Pastores. (cf. VD § 84).
e) Palavra de Deus, matrimônio e família: Por meio do anúncio do Evangelho, a Igreja mostra à família cristã a sua verdadeira identidade, segundo a vontade do Senhor. A Palavra de Deus está na origem do matrimônio e o próprio Jesus o incluiu entre as instituições do seu Reino (cf. Mt 19, 4-8) fazendo o sacramento, o que originalmente estava inscrito na natureza humana. Da união conjugal sobressai a responsabilidade dos pais em relação aos filhos, sendo missão dos pais a comunicação e o testemunho do sentido da vida em Cristo através da fidelidade e unidade da vida familiar. Assim, em cada lar cristão tenha uma Bíblia e a conserve em lugar digno para poder lê-la e utiliza-la na oração, que pode ser feita em pequenas comunidades entre as famílias (cf. VD § 85).

BENTO XVI. Exortação Pós-Sinodal VERBUM DOMINI, 2010. Ed. CNBB. (Documentos Pontifícios - 6)

5 de jan. de 2011

Bênção da Igreja de Santa Luzia

Bênção da Igreja de Santa Luzia, em Pedreira

            No dia 18 de novembro de 2010, Dom Pedro Carlos Cipolini, em Missa celebrada na Comunidade Santa Luzia, abençoou o novo prédio destinado ao culto. Depois de muito esforço dos agentes comunitários sob a direção do Pe. João Gonçalves da Silva, o prédio, ainda em fase de acabamento, já oferece condições de em sua área celebrar missa. Oportunidade na qual se reuniram também todos os seminaristas do Seminário de Filosofia e Teologia São José e os Diáconos Anderson Frezzato e Erique Fernando Bordini.



                       Diác. Anderson; Dom Pedro Carlos Cipolini; Pe. João (Reitor); Diác. Erique e os Seminaristas

3 de jan. de 2011

Contato

Contatos

E-mail: secretariadovocacional.amparo@gmail.com

Link do Blog: http://www.pastoralvocacionalamparo.blogspot.com

Telefones: 

Secretaria Paroquial (Paróquia Santuário do Senhor Bom Jesus/Pe. Anderson Frezzato) - (19) 3807 5748
Seminário São José (Seminarista Lucas Lastória) - (19) 3893-3292

Calendário de 2011 - Pastoral Vocacional

Calendário de 2011 - Pastoral Vocacional

Fevereiro

Data: dia 20
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Março

Data: dia 20
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Abril

Data: dia 10
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Maio

Data: dia 15
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Junho

Data: dia 19
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Seminário São José - Pedreira

Julho

Data: dia 17
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Paróquia Santuário Bom Jesus - Monte Alegre do Sul

Agosto

Data: dia 21
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Setembro

Data: dia 18
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Outubro

Data: dia 16
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Centro de Pastoral – Paróquia Nossa Senhora do Amparo – Amparo

Novembro

Data: dia 20
Horário: 09:00 h – 16:00
Local: Seminário São José – Pedreira

Novo Reitor do Seminário São José

PADRE TARLEI É O REITOR DO SEMINÁRIO SÃO JOSÉ
           
           
Foi empossado, em 03 de dezembro de 2010, por Dom Pedro Carlos Cipolini, Bispo Diocesano de Amparo, como novo Reitor do Seminário Diocesano de Filosofia e Teologia São José, em Pedreira, o Padre Tarlei Navarro Pádua Souza.
            Padre Tarlei nasceu em São José do Rio Preto – SP, no dia 22 de setembro de 1978, filho de Marlene Navarro de Pádua Souza e Adhemar Cezário de Pádua Souza. Foi batizado no dia 24 de maio de 1980, na Paróquia São Sebastião, de Cardoso – SP, e crismado em 18 de dezembro de 2004, na Paróquia São José, de Mogi Mirim – SP.
            Cursou Filosofia no Instituto Superior de Filosofia e Ciências Religiosas São Boaventura, residindo no Seminário de Filosofia da Diocese de Santo Amaro, em São Paulo, e Teologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, residindo no Seminário São José da Diocese de Amparo.
            Foi ordenado diácono no dia 08 de dezembro de 2004, na Matriz de Santa Maria, em Jaguariúna, e sacerdote no dia 17 de junho de 2005, na Matriz de São José, em Mogi Mirim.
            No ministério sacerdotal assumiu os encargos de vigário inter-paroquial das Paróquias Santana e Santo Antônio de Pádua, de Pedreira (2005-2006); diretor Espiritual do Curso Propedêutico Santana (2006); membro do Conselho de Assuntos Econômicos (2006-2009); assessor eclesiástico diocesano do Treinamento de Liderança Cristã – T.L.C. (2005-2008); administrador paroquial da Paróquia São João Batista, de Amparo (2007-2010); diretor espiritual dos seminaristas filósofos no Seminário São José de Pedreira (2007-2008); assessor eclesiástico diocesano da Renovação Carismática Católica (desde 2007) e do Rebanhão (desde 2004); vigário forâneo da Forania Nossa Senhora do Rosário (2008-2010) e reitor do Curso Propedêutico Sant’Ana (2009-2010). É também assessor eclesiástico do Curso de Espiritualidade e Doutrina – CED, ministrado pela Comunidade Católica Pantokrator, em nossa Diocese (desde 2008).
            Além de Reitor do Seminário São José, Padre Tarlei também será empossado, em 23 de janeiro de 2011, como primeiro pároco da nova Paróquia de Nossa Senhora Aparecida do Jardim Triunfo, em Pedreira, que será instalada no mesmo dia.
            “Já que o Seminário constitui o ‘coração da diocese’ e que do percurso do Seminário depende que haja bons sacerdotes”(1), Padre Tarlei desenvolverá, junto aos quinze seminaristas, uma missão árdua e primordial na vida da Igreja Diocesana, responsável para que no Seminário “se forme uma personalidade madura e equilibrada, capaz de estabelecer relações humanas e pastorais sólidas, teologicamente competentes, com profunda vida espiritual e amante da Igreja”.(2)
            Cônscia dessa necessidade de bons formadores, a Diocese de Amparo se alegra por Padre Tarlei e expressa reverente saudação, certa de que sua nomeação como Reitor do Seminário São José é sinal do zelo paternal do Cristo Bom Pastor, Sumo e Eterno Sacerdote, que confia santos e dedicados pastores ao seu povo para que sejam continuadores de sua missão salvadora no mundo, inspirando e orientando outros a tornarem-se, igualmente, anunciadores do Evangelho e servidores do Reino por meio do Ministério Ordenado. Todo o povo de Deus de nossa Igreja Particular almeja, assim, que Nossa Senhora Aparecida, Padroeira da nova Paróquia confiada a Padre Tarlei, e São José, Patrono do Seminário Diocesano, intercedam por seu ministério a fim de que seja constante oblação a Deus por meio da condução e educação na fé do rebanho a ele confiado, tornando-o discípulo e missionário do mesmo Jesus Cristo a quem se configura o Ministério Ordenado que a Igreja confere a tantos que se sentem chamados.
            A Diocese apresenta, ainda, uma palavra de gratidão e apreço a Padre João Gonçalves da Silva, que esteve à frente do Seminário São José e da Paróquia Santo Antônio de Pádua por nove anos, desejosos de que o Senhor da Messe o recompense pelo zeloso trabalho realizado e o ilumine no exercício de seu ministério, agora junto à Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Serra Negra – SP.

Notas

(1) Recomendações pastorais da Assembleia Plenária da Pontifícia Comissão para a América Latina – A Formação Sacerdotal nos Seminários, n. 56.
(2) Exortação apostólica pós-sinodal Pastores gregis, (Roma 2003) n. 48.

Curso Propedêutico Sant'Ana

Curso Propedêutico Santana está em Amparo junto à Paróquia Nossa Senhora do Amparo - Catedral Diocesana
 
            Na Constituição Apostólica Pós-Sinodal, Pastores Dabo Vobis, sobre a formação dos sacerdotes, o Papa João Paulo II expressa um pedido: que o ingresso dos vocacionados ao Seminário de Estudos Filosóficos e Teológicos seja precedido de um tempo de preparação. Isso, porque a finalidade e a configuração educativa do Seminário Maior exige que os candidatos ao sacerdócio entrem com alguma preparação prévia. Entretanto verifica-se hoje que muitos jovens carecem de uma sólida formação humana, intelectual e até mesmo espiritual. (Cf. PdV n. 62) Sendo assim, será neste tempo de preparação, ao qual chamamos de Curso Propedêutico, que os jovens receberão adequada formação e obtendo um grau suficiente de condições poderão ingressar no Seminário.
Graças a Deus, nossa Diocese de Amparo possui esta iniciação, o Curso Propedêutico Sant’Ana. Este Curso estava instalado na cidade de Amparo, nas dependências da casa paroquial, da Paróquia São João Batista, sendo o Diretor o Pe. Tarlei Navarro Pádua Souza, que fora nomeado por Dom Pedro Carlos Cipolini, Bispo Diocesano de Amparo, Reitor do Seminário de Filosofia e Teologia São José, localizado na cidade de Pedreira. Vendo as necessidades da Diocese, Dom Pedro Carlos transferiu o Curso Propedêutico Sant’Ana para o Santuário do Senhor Bom Jesus, em Monte Alegre do Sul, também nas dependências da casa paroquial. Hoje o referido Curso está instalado em Amparo, junto à Casa Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Amparo.


JOÃO PAULO II. Pastores Dabo Vobis. Exortação Apostólica Pós-Sinodal. 1992