19 de dez. de 2011

Mensagem de Natal - Dom Pedro Carlos Cipolini - Bispo Diocesano de Amparo


 Mensagem de Natal - Dom Pedro Carlos Cipolini - Bispo Diocesano de Amparo

Aos  queridos irmãos e irmãs no santo batismo,
aos sacerdotes e leigos de nossa  Diocese de Amparo,
saudação, paz e bênçãos no Senhor Jesus que  está entre nós!
 
Deus nos dá a graça de celebrar o natal. E o que celebramos? Celebramos sem dúvida o renascer da esperança. Como escreveu o poeta: uma criança nasceu e o mundo tornou a começar. Na perspectiva de um recomeço e de uma renovação da esperança é que podemos celebrar o natal. O profeta Isaías dá o tom da celebração e nos exorta: “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: Criai ânimo, não tenhais  medo!  Vede, é vosso Deus, é a recompensa de Deus;  é Ele que vem para nos salvar”
( Is 35, 3-4).
No dia a dia percebemos como as preocupações tomam conta de nós e muitas vezes, na pressa, nos esquecemos de viver. Muitos se deixam levar pela rotina ou pelo desencanto. Ano velho, velhos problemas, muitos sem solução. E então? Vamos ficar no escuro? Não, a perspectiva que temos é luminosa. Uma luz brilhou nas trevas!
O Evangelho de S. Lucas narra o nascimento de Jesus e o convite feito aos pobres pastores, para que fossem os primeiros a visitá-lo. “Um anjo do Senhor se apresentou. A glória do Senhor envolveu os pastores no resplendor e eles se aterrorizaram. O anjo lhes disse: não temais. Dou-vos uma boa notícia, uma grande alegria para todo o povo. Hoje nasceu para vós na cidade de Davi o Salvador, o Messias e Senhor” (Lc 2, 8-11). Neste relato singelo e eloquente ao mesmo tempo, somos convidados a nos colocar junto com os pastores.
É necessário fazer-se pequeno, para perceber a grandeza do momento que celebramos. Os pastores são convidados, e nós também com eles, a nos deixar envolver pela luz de Deus. Jesus é luz que brilha na escuridão. Nas trevas deste mundo brilha a luz de Deus manifestada em Jesus. Como nós gostamos da luz! Natal, de certa forma, é a festa das luzes que enfeitam as cidades. E é mesmo festa de luzes. Somos todos convidados a nos deixar iluminar pela luz do menino Jesus. Ele tem o poder de liberar em nós as luzes que de forma egoísta retemos dentro de nós. Deixemo-nos iluminar por Ele e seremos capacitados a ser também nós, luz para o mundo.
Os anjos convidam à alegria. Quando nasce uma criança a alegria se espalha e o contentamento é compartilhado até com estranhos. A alegria do natal brota da fé em Deus, mas não em um Deus qualquer. Mas, fé em um Deus que nos ama e manifesta este amor vindo ao nosso encontro. Pode haver uma alegria maior do que a alegria de um encontro, onde o amor é o laço forte que une e unifica? Em Jesus Deus vem até nós, entra na história humana e nos salva. Se Deus faz parte da humanidade, se ele é passageiro nesta viagem, a humanidade está salva, pois atingirá sua meta, não há de fracassar.
Luz, alegria e paz, compõem o anúncio dos anjos no natal. Passamos o ano todo buscando a paz e sabemos como ela é valiosa. É um dom de Deus e devemos pedir incessantemente: dai-nos a paz, dai-nos Senhor a vossa paz! Mas a paz é também uma construção nossa. Somos nós que abrimos espaço para que o dom da paz possa se instalar e permanecer entre nós. Sejamos construtores da paz, apesar de nossa fragilidade. Sejamos construtores de um mundo de perdão e solidariedade. Sem estes valores não pode haver nem justiça nem paz.
Jesus nasce pobre, pequenino e frágil para que não nos desanimemos diante de nossas falhas e fraquezas. Ele nos enriquece com sua pobreza, para que possamos nos fortalecer na esperança. Quando Jesus nasce tudo se torna repleto de esperança. Deixemos que Ele nasça em nossos corações, para que a esperança nos alimente neste ano novo que iremos iniciar.
Onde há esperança não tem lugar para o medo. Caminhemos na esperança, porque Jesus é nosso companheiro de caminhada na estrada da vida.
Desejo a todos um Santo e feliz natal. Em especial desejo cumprimentar e agradecer a tantos irmãos e irmãs que encontrei nas minhas visitas pastorais pela Diocese este ano.  O encontro com tantas e tantas pessoas de boa vontade, que praticam o bem a partir de sua fé em Deus é um sinal de que o nascimento de Jesus não foi em vão. Agradeço os votos e mensagens recebidos e retribuo a todos
Vamos iniciar o novo ano com muita fé e esperança. A esperança não decepciona ( cf. Rm 5,5) e é nela que vos convido a caminhar neste ano que se inicia.
Sejam todos abençoados “em nome de Jesus”, contem sempre com minhas orações e atenção de pastor e pai.


Dom Pedro Carlos Cipolini
Bispo Diocesano de Amparo

Seminaristas recebem Ministérios de Leitor e Acólito

 Seminaristas recebem Ministérios de Leitor e Acólito

Com o fim de dar a Deus o culto devido e prestar um serviço adequado ao povo de Deus, a Igreja estabeleceu desde tempos muito remotos alguns ministérios segundo os quais se confiava aos fiéis exercer ofícios na liturgia e na caridade, acomodados aos diversos tempos e circunstâncias. Alguns destes cargos ou ofícios mais estreitamente ligados com a liturgia, quer dizer com o culto divino, foram pouco a pouco tidos como instituições prévias à recepção das ordens sagradas, concretamente ao diaconato e ao sacerdócio.
O Papa Paulo VI diz que desde tempos antiqüíssimos a Igreja instituiu ministérios com duas funções: a primeira é render a Deus o devido culto (Liturgia), e a segunda é de prestar serviço ao povo de Deus (Caridade). Assim, como está escrito no Catecismo da Igreja: “Os ministérios devem ser exercidos em espírito de serviço fraterno e dedicação à Igreja, em nome do Senhor”. (C.I.C., 2039). Tais encargos, muitas vezes, eram conferidos dentro de um rito especial, mediante a uma benção implorada de Deus.
Quatro seminaristas da Diocese de Amparo foram instituídos nos ministérios de leitor e acólito, durante Celebração Eucarística realizada no dia 09/12/2011, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Pedreira. A celebração foi presidida pelo bispo dom Pedro Carlos.
Foram instituídos nos ministérios de leitor e acólito: André Luiz Rossi, Bruno Pereira Gandolphi, Eder Pradella de Oliveira e Flavio Ferreira da Silva. 
O leitor é instituído para proferir as leituras da sagrada Escritura, exceto o Evangelho. Pode igualmente propor as intenções para a oração universal e, faltando o salmista, proferir o salmo entre as leituras. O acólito é instituído para o serviço do altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, e, se necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é ministro extraordinário.
Os ministérios e as diversas funções que o Povo de Deus exerce na Igreja, por meio da liturgia, revelam a profunda riqueza da unidade visível da Igreja. Por isso, cabe cuidar, para que, a celebração litúrgica expresse e estimule a caridade e um profundo sentido religioso de partilha entre os irmãos, evitando todo e qualquer tipo de individualismo e divisão, para que desta forma, possamos manifestar à unidade visível do corpo de Cristo, que é a Igreja.