Os três jovens do Curso Propedêutico são aprovados
A palavra “propedêutico”, quer dizer “introdução”, uma das exigências naturais e indispensáveis para se entender, ou melhor, se aprofundar, naquilo que iremos iniciar. Como num livro, a introdução nos designa às prévias daquilo que será lido, e se não nos remete a qualidade e a garantia de uma boa leitura, ao menos nos concede um primeiro olhar sobre a obra. Tratando-se da vocação sacerdotal, uma “obra” tão sublime, este “primeiro olhar” estende-se de forma mais ampla e eficaz, tornando assim, o propedêutico, este tempo de discernimento em que experimentamos, mais profundamente, dos desafios e funções de um sacerdote, no dinamismo real de seu cotidiano e de sua paróquia.
Durante o ano de 2010, vivenciamos esta maravilhosa experiência, proporcionada àqueles que decidiram corresponder ao chamado de Deus para a vida sacerdotal. O curso propedêutico deu-nos a condição de caminharmos tranqüilos e otimistas, pois nos proveu deste tempo propício, para equilibramos em nós todas as necessidades e exigências que o chamado para esta vocação requer. Além da convivência com os padres, o que nos possibilitou a rica oportunidade de formar-nos de acordo com uma reta conduta de vida, provida pelos bons testemunhos de seus ministérios exercidos, convivemos também uns com os outros (éramos três), em meio as virtudes e defeitos de cada um, os quais, com este tempo de preparação, é claro, soubemos moldar, através da cumplicidade e compreensão que toda forma de “viver junto” deve promover.
Assim como destacou o santo Padre o Papa Bento XVI, em seus pensamentos sobre o sacerdócio: “O seminário é isto: não tanto um lugar, mas exatamente um significativo tempo da vida de um discípulo de Jesus”, durante todo o ano recebemos uma ótima formação escolar e espiritual, através da grade de estudos propostas pelo curso, tão essenciais, em vista de um melhor preparo, tanto para o vestibular que nos promove ao ingresso da faculdade, quanto a um maior conhecimento da própria fé.. A clara necessidade de que os candidatos ao sacerdócio entrem para o seminário Maior com certa experiência, torna-se “indispensável frente às circunstâncias dos tempos atuais, quanto à maturidade humana, conhecimento doutrinal, sem se desprender da “raiz” pela qual começou a esforçar-se para encontrar Deus” (Cf; Exortação Apostólica Pós – Sinodal, “Pastores Dabo Vobis”)
Responder ao chamado de Deus é uma alegria muito grande, contagiante, eu diria. Na caminhada vocacional, vivemos um período precioso ao qual nos conduz à tomada de decisões, sobretudo seguras, à vontade de Deus. Sentimo-nos, inevitavelmente, envolvidos por um amor que nos impulsiona anunciar a todos quantos encontramos, “as maravilhas do Deus que nos salvou”. Somos tomados pela eficácia da doação, dados a Deus e ao povo. Responder ao chamado de Deus é ouvir Tua voz, e ainda que o “abandonar tudo” para segui-Lo, soe aos ouvidos com certo temor, como acontecera com o jovem rico, ainda que seja preciso “tomar a cruz” sobre si, para acompanhá-Lo, mesmo que “perder a vida” por Ele, seja, também condição; Será Nele que encontraremos o “tudo”; Será Nele que nosso jugo se tornará suave; Será Nele que encontraremos a Vida.
Depois de vivermos esta experiência no Curso Propedêutico, prestamos vestibular para o Curso de Filosofia na Puc-Campinas sendo todos aprovados, vamos agora morar no Seminário São José, na cidade de Pedreira, junto com os outros seminaristas e o Pe. Tarlei, Reitor do Seminário.
Texto de Lucas Lastória
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